Petrobras buscará manter preços "mais ou menos estáveis" diante de maior volatilidade

O presidente-executivo da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta segunda-feira que a atual política de preços da empresa tem o objetivo de reduzir a possível volatilidade dos preços do petróleo devido à guerra entre Israel e o Hamas, além de conter especulações. Ele destacou que a estatal pretende manter os preços dos combustíveis no mercado interno mais estáveis, utilizando "fatores brasileiros" para isso. Prates fez essas declarações durante um evento organizado pela Câmara de Comércio Noruega e Brasil, Innovation Norway e pelo Consulado Geral da Noruega no Rio de Janeiro.

Prates enfatizou que a situação da guerra é considerada grave, e as análises sobre seu desfecho são divergentes, indicando que uma solução não deve ocorrer nas próximas semanas. Apesar de Israel não ser um grande produtor de petróleo, o conflito pode gerar especulações sobre seus impactos nos principais produtores de petróleo.

Os preços do petróleo aumentaram cerca de 4% nessa segunda-feira devido aos conflitos entre Israel e o Hamas, gerando preocupações sobre a possibilidade de um conflito mais amplo no Oriente Médio.

Além disso, Jean Paul Prates abordou a exploração de petróleo na Margem Equatorial, sugerindo que essa atividade poderia ser uma fonte adicional de recursos para o Fundo Amazônia, mas ressaltou que isso exigiria mudanças na legislação. Ele também mencionou a possibilidade de outras empresas petrolíferas se tornarem parceiras da Petrobras na região.

Recentemente, o Ibama emitiu uma licença ambiental para a Petrobras realizar perfurações de poços de petróleo e gás em águas profundas da Bacia Potiguar, mesmo em uma área considerada ambientalmente sensível. Quanto às estimativas de reservas de petróleo na Margem Equatorial, Prates afirmou que não poderia confirmar os volumes estimados antes da conclusão das perfurações. No entanto, estudos internos da Petrobras sugerem que um único bloco nessa região amazônica do Amapá pode conter reservas de mais de 5,6 bilhões de barris de petróleo, conforme mencionado pelo ministro Alexandre Silveira no mês passado.

Fonte: Reuters