Geral Danos morais

Gerente de supermercado recebe indenização por ser obrigado a participar de "dancinhas" em local de trabalho

A Justiça determina que supermercado indenize gerente em R$ 5.000 por danos morais após a obrigatoriedade de participar de "dancinhas" em ambiente profissional

Por JPAGORA

03/10/2023 às 10:48:40 - Atualizado há
Foto: Reprodução

Em uma decisão que repercutiu na esfera jurídica e trabalhista, um gerente de supermercado que foi obrigado a participar de "dancinhas" durante o horário de expediente receberá uma indenização de R$ 5.000 por danos morais. A sentença foi proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho e configura um importante marco no que tange à ética e aos limites das atividades no ambiente de trabalho.

O gerente, cujo nome foi preservado, alegou que as danças, muitas vezes exibidas para os clientes e funcionários, causaram-lhe constrangimento e humilhação. Em depoimento, ele afirmou: "Fui forçado a participar dessas atividades que não têm nada a ver com as minhas responsabilidades profissionais. Me senti humilhado perante meus colegas e subordinados".


A obrigatoriedade das "dancinhas", conforme foi apurado, fazia parte de uma política de engajamento da empresa, visando aumentar a interação entre os funcionários e com os clientes. No entanto, segundo a Justiça, tal prática extrapolou os limites do razoável, interferindo na dignidade do trabalhador.


O juízo entendeu que a participação forçada em tais atividades constitui uma violação à integridade moral do empregado, o que justifica a reparação financeira. "Esta é uma situação que claramente ultrapassa os limites de um ambiente de trabalho saudável e põe em xeque o respeito e a dignidade que todo trabalhador merece", declarou o juiz responsável pelo caso.


A decisão pode servir como jurisprudência para casos similares que envolvam práticas de constrangimento em ambiente laboral. Especialistas em direito do trabalho apontam que esse é um alerta para as empresas repensarem suas políticas internas, de modo a garantir um ambiente de trabalho respeitoso e digno para todos os seus empregados.


A empresa ré ainda pode recorrer da decisão, mas a sentença já representa uma vitória para aqueles que buscam um ambiente de trabalho mais ético e respeitoso.

Fonte: JPAGORA
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