A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) prendeu em Curitiba, na manhã desta quarta-feira (20), Helielton dos Santos, de 32 anos.
Ele é suspeito de participar de ataques cometidos em Brasília em 12 de dezembro de 2022, logo após a cerimônia de diplomação do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na ocasião, apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro tentaram invadir a sede da Polícia Federal e cometeram atos de vandalismo na capital.
De acordo com o delegado Erick Guedes, o suspeito foi preso preventivamente em um cumprimento de mandado expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 4 de julho.
Conforme o delegado, o homem é suspeito de crimes contra o estado democrático.
A advogada de defesa do suspeito, Daniely Mulinari, disse em nota que considera a medida "totalmente arbitrária" e sem qualquer requisito necessário para uma prisão preventiva. A defesa afirma acreditar na revogação da prisão.
De acordo com a defesa, Helielton participou de uma "manifestação pacífica" e não dos ataques contra os Poderes registrados em 8 de janeiro de 2023.
Assim, reforça a advogada, a defesa considera não haver motivo para o cliente responder pelos mesmos crimes que participantes dos atos de 8 de janeiro, como golpe de estado, crime contra o estado democrático de direito e associação criminosa armada.
Até a última atualização desta reportagem, a polícia não tinha dado detalhes das circunstâncias da prisão do suspeito.
O mandado de prisão
O mandado de prisão preventiva diz que Helielton foi filmado "portando e arremessando algo que se assemelha a uma barra de ferro" nos arredores da Polícia Federal, em Brasília.
"É possível verificar que o investigado esteve presente em manifestação anterior ocorrida na Esplanada dos Ministérios, segundo um rádio de comunicação e um instrumento do tipo soco inglês", também diz o mandado.
De acordo com o delegado Guedes, o homem foi encaminhado ao 11º Distrito Policial, em Curitiba.
G1