Parlamentar é réu por corrupção passiva. Relatório final da CPP foi apresentado nesta quinta-feira (20), na Câmara Municipal de Ponta Grossa. Comissão na Câmara de Ponta Grossa pede cassação do vereador Valtão
A Comissão Parlamentar Processante (CPP) protocolou relatório final, nesta quinta-feira (20), pedindo a cassação do vereador Valtão (PRTB), na Câmara Municipal de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.
De acordo com a CPP, não restou dúvidas de que o parlamentar cometeu quebra de decoro diante da, conforme a Casa, confissão de ter recebido vantagem financeira para favorecimento de uma empresa. Pelo caso, Valtão é réu por corrupção passiva. Veja, mais abaixo, os detalhes do caso.
O G1 tenta contato com a defesa do parlamentar, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.
O próximo passo, conforme código da Câmara, é o presidente da Casa, Daniel Milla (PSD), agendar a realização de uma sessão extraordinária para o julgamento político-administrativo de Valtão. Então, o plenário - com os demais parlamentares - irá decidir pela cassação ou não do vereador.
Em caso de cassação, o vereador será substituído por um suplente do partido. O primeiro nome é o de Celso Cieslak.
O segundo suplente é o Sargento Guiarone. Foi ele quem protocolou o pedido de cassação de Valtão na Câmara Municipal.
MP-PR denunicou vereador Valtão (PRTB) por corrupção passiva
Valtão/Arquivo Pessoal
Réu por corrupção passiva
Valtão foi preso em 15 de dezembro do ano passado em uma operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Ele chegou a cumprir prisão domiciliar, quando inclusive foi presencialmente à Câmara em 20 de janeiro e tomou posse para o quarto mandato na cidade.
A sessão aconteceu sem divulgação, mesmo sendo um ato público conforme legislação.
A prisão domiciliar foi revogada após uma decisão da Justiça.
Ele era relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava os contratos entre a prefeitura da cidade e a Cidatec, empresa responsável pelo Estar Digital do município.
Conforme o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o parlamentar recebeu R$ 15 mil para favorecer a empresa no relatório final da CPI. Outros quatro empresários também viraram réus no processo.
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