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Veja o que aponta a investigação que prendeu dois PMs suspeitos de latrocínios e falsificação de boletins de ocorrência

Documentos obtidos pela RPC da investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina, norte do estado, que prendeu dois policiais militares suspeitos de integrar uma organização criminosa revelam como eles atuavam.

Por Da Redação

04/08/2023 às 13:01:11 - Atualizado há
Documentos obtidos pela RPC da investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina, norte do estado, que prendeu dois policiais militares suspeitos de integrar uma organização criminosa revelam como eles atuavam.
O g1 tenta contato com a defesa dos PMs, que trabalham no 30º Batalhão de Londrina. Os PMs Moisés Vieira e Paulo Weslley foram presos em 26 de julho na Operação Mar Vermelho, realizada junto com a Corregedoria da corporação, suspeitos de envolvimento em latrocínios, roubos de cargas, falsificação de boletins de ocorrência, dentre outros crimes. A investigação começa citando que eles compõem um grupo suspeito de simular roubos e desvio de cargas, que era liderado por um empresário responsável pelo transporte. O Gaeco descobriu que o homem teria sido assassinado pelos PMs após um desentendimento. Leia mais abaixo. Conforme o Gaeco, outros integrantes se passavam por motoristas que faziam o carregamento das cargas e, durante a viagem, simulavam terem sido roubados para registrar a falsa ocorrência, acionando a Polícia Militar ou indo até uma delegacia. Os suspeitos diziam que eram vítimas dos roubos e contavam histórias parecidas nos Boletins de Ocorrência (B.Os), que eram falsificados pelos policiais. O Gaeco disse que uma testemunha contou que 4 PMs estavam envolvidos nas fraudes dos boletins, e que o empresário pagava ao policial Moisés cerca de R$ 5 mil por cada registro falsificado. Desentendimento No depoimento que consta na investigação, a mesma testemunha relatou que o empresário se desentendeu com Moisés porque o PM queria receber mais de R$ 5 mil.
O valor não foi aceito pelo empresário. Para o Gaeco, essa discordância fez com que ele fosse morto. O assassinato De acordo com os promotores, Moisés e Paulo eram os líderes de outro grupo criminoso, este formado por policiais militares suspeitos de latrocínio, extorsão, furto, falsidade ideológica e organização criminosa.
O Gaeco aponta que os PMs teriam participação na morte do empresário que não concordou em pagar mais para falsificar os Boletins de Ocorrência. O corpo dele foi encontrado em 31 de agosto de 2021, na zona rural de Jataizinho.
O veículo dele foi localizado queimado.
Em outro caso que é investigado pela Promotoria, os policiais também são suspeitos de simular um confronto e matar um agiota para ficarem com o dinheiro dele. Proibidos de entrar em batalhões Os policiais Moisés e Paulo permanecem presos. Os outros estão usando tornozeleiras eletrônicas e cumprindo outras medidas de restrição.
A Justiça proibiu, por exemplo, que eles entrem em qualquer instituição militar ou de segurança pública. Além disso, não podem mais portar armas de fogo. A versão da PM Em nota, a Polícia Militar do Paraná reiterou que, “desde a ocorrência do fato, adotou as medidas administrativas pertinentes ao caso para contribuir com as investigações”, e que “não compactua com qualquer desvio de conduta”.
 
 
Fonte: Jornal CN
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