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Atuação da Defensoria Pública evita despejo de 34 famílias em Guaratuba

A equipe da Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR) em Guaratuba conseguiu evitar o despejo forçado de 34 famílias que ocupam uma área no balneário Eliana.

Por Da Redação

04/08/2023 às 08:58:40 - Atualizado há

A equipe da Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR) em Guaratuba conseguiu evitar o despejo forçado de 34 famílias que ocupam uma área no balneário Eliana.

A decisão que revogou liminares autorizando a desocupação forçada foi proferida nesta terça-feira (1º) pelo juízo da Vara Cível de Guaratuba. 

Na manifestação, a Defensoria Pública requereu que o juízo passe a observar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 828, que condiciona qualquer medida de despejo a um plano efetivo e concreto de realocação das pessoas afetadas. Conforme a Defensoria salientou, a decisão do STF também determina que se comprove que houve tentativa de uma solução consensual, "buscando alternativas para evitar o despejo forçado, causador de muitos prejuízos sociais, emocionais e financeiros aos mais vulneráveis". Por isso, a Defensoria também pediu para que a Comissão de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) seja oficiada para atuar no caso. A ocupação começou em 2018. 

"A Defensoria Pública, representando a coletividade, atuou no processo e conseguiu junto ao juízo de primeiro grau a revogação de decisão que determinou a desocupação, uma vez que a decisão anterior era ilegal, já que não observava os parâmetros fixados pelo STF na ADPF 828 e na Resolução 510/2023 do CNJ, como inspeção judicial, audiências de mediação, e oitiva da Defensoria Pública, obrigatoriamente", afirmou a defensora pública Helena Grassi Fontana, que atuou no processo. "A Defensoria continuará acompanhando o processo", explicou.

"A decisão, ainda que temporária, é muito relevante porque garantiu o direito fundamental à moradia para as mais de 34 famílias que residem no local e que vivem em condição de hipossuficiência", comentou ela. Em contato com a comunidade, a Defensoria informou que constatou que a maioria das famílias não tem outro lugar para morar, além de haver vários idosos, pessoas com deficiência, crianças e enfermos. O Núcleo Itinerante das Questões Fundiárias e Urbanísticas (Nufurb) da DPE-PR também atua no caso.

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