Uma das principais vozes do surgimento da bossa nova e da MPB, Doris Monteiro faleceu aos 88 anos, no Rio de Janeiro, de causas naturais. Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento da cantora.
Descrita pela crítica como a cantora que tem "a bossa de quem já nasceu sabendo" e símbolo de "modernidade já atemporal", Doris começou sua carreira aos 15 anos, no fim dos anos 1940, e passou a fazer sucesso na década seguinte.
Em 1951, Doris Monteiro gravou seu primeiro álbum. Na sequência, foi eleita a "Rainha dos Cadetes". Nos anos 1960, "com a técnica vocal mais amadurecida, Doris mergulhou de vez em um repertório moderno, cheio de charme e suingue", como definiu o jornalista, produtor, historiador e crítico musical Rodrigo Faour.
Após se consagrar como uma das principais vozes femininas do país, ela emprestou a voz a canções de artistas como Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli, Carlos Lyra, Eumir Deodato, Vinícius de Moraes, Roberto Carlos e Erasmo Carlos, entre outros compositores.
Até 2020, o último disco solo lançado pela cantora datava de 1981, pela Continental. Entre as músicas do LP Doris Monteiro, destacam-se Memórias do Café Nice (Artúlio Reis e Monalisa) e O Pato, de Jayme Silva e Neuza Teixeira.
Leia em Metrópoles
A Rede