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Sul da Europa deve enfrentar temperaturas extremas

Onda de calor deixa Itália, Grécia e Espanha em alerta e pode provocar temperaturas de até 48°C na Sicília nos próximos dias.

Por Da Redação

13/07/2023 às 18:38:43 - Atualizado há

Onda de calor deixa Itália, Grécia e Espanha em alerta e pode provocar temperaturas de até 48°C na Sicília nos próximos dias.Uma onda de calor extremo deve castigar o sul da Europa nos próximos dias. Em muitos lugares, as temperaturas devem ultrapassar a marca de 40°C na Espanha, França, Grécia, Croácia e Turquia, com picos de até 48° em lugares como a Sicília, na Itália – uma situação extenuante para a população, animais e natureza. Segundo a agência espacial europeia Esa, as temperaturas mais altas já registradas na Europa podem ser alcançadas no próximo fim de semana. O atual recorde europeu é de 48,8°C, alcançado em agosto de 2021 na região da Sicília.

Um alerta de advertência para calor extremo foi emitido para dez cidades italianas, incluindo Roma, Bolonha e Florença. Na terça-feira, um homem de 40 anos morreu após desmaiar no norte da Itália. A mídia italiana informou que o operário de 44 anos estava pintando faixas de pedestres na cidade de Lodi, perto de Milão, antes de desmaiar devido ao calor. Ele foi levado a um hospital, mas morreu mais tarde.

A onda de calor foi batizada de Cérbero pela Sociedade Meteorológica Italiana, uma referência ao monstro de três cabeças que é descrito em Inferno, a primeira parte da obra Divina Comédia, de Dante Alighieri.

E Cérbero deve ser seguido por outra onda de calor, a Caronte – referência ao barqueiro da mitologia grega que conduzia pessoas recém-falecidas ao mundo dos mortos -, com temperaturas ainda mais altas. Espera-se que a área de alta pressão atinja seu calor máximo no início da próxima semana – com temperaturas acima de 40°C em Roma, Florença e Bolonha. Em partes da Sardenha a previsão de até 47°C.

O calor não atinge apenas a Itália. A Espanha também está sendo afetada há dias por temperaturas de até 45°C na Andaluzia e Múrcia. Em Mallorca, as temperaturas também já chegaram a 40°C.

Na Grécia, as pessoas também estão se preparando para extremos. Muitas comunidades mantêm salas com ar-condicionado abertos para fornecer alívio para idosos.

Na Turquia, o serviço meteorológico alerta para calor intenso no fim de semana. No oeste do país, as temperaturas nos próximos dias devem ficar até dez graus acima do habitual para a estação. Em Antália, uma cidade popular com turistas, são esperadas temperaturas de até 42°C no fim de semana.

Calor matou mais de 60 mil em 2022

Na segunda-feira, um estudo publicado nesta pela revista científica Nature Medicine apontou que cerca de 61 mil pessoas morreram de calor na Europa durante o verão de 2022 no Hemisfério Norte.

O estudo, elaborado por cientistas de um instituto de saúde francês e do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), ainda alertou que o continente poderá enfrentar mais de 94 mil mortes por ondas de calor em 2040.

O verão de 2022 foi o mais quente registrado até hoje na Europa, com sucessivas ondas de calor que causaram recordes de temperatura, seca e incêndios florestais.

Os cientistas analisaram dados de temperatura e mortalidade para o período 2015-2022 em 823 regiões de 35 países europeus, com uma população total de mais de 543 milhões de pessoas. Com base nesses dados, construíram modelos epidemiológicos que permitem prever a mortalidade atribuível às temperaturas para cada região e semana do período de verão (boreal) do ano passado. No total, a análise revela que, entre 30 de maio e 4 de setembro de 2022, ocorreram 61.672 mortes atribuíveis ao calor na Europa. Uma onda de calor particularmente intensa, entre 18 e 24 de julho, causou 11.637 mortes.

Recentemente, o Serviço Copernicus para as Mudanças Climáticas (C3S), órgão da União Europeia, informou que o último mês de junho foi o mais quente desde 1991, com temperaturas recordes registradas tanto em terra quanto nos oceanos.

Levando em conta a média de temperaturas globais, junho de 2023 ficou 0,53 ºC acima dos índices registrados entre 1991 e 2020 no mesmo período, superando "substancialmente" o recorde anterior, de 2019.

Ainda segundo o órgão europeu, dados preliminares indicam que 4 de julho foi o dia mais quente já registrado, com temperatura média global de 17,03 ºC, quebrando um novo recorde que havia sido estabelecido no dia anterior, de 16,88 ºC.

jps (DW, AFP, ots)

Fonte: Isto É
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