Saúde Dengue

Grávidas têm 5,4 vezes mais risco de desenvolver dengue grave, diz estudo

Por UFPR

22/06/2023 às 13:24:10 - Atualizado há

O uso de repelentes diariamente, inclusive por baixo da roupa, não impediu que a professora do ensino básico de Catanduva-SP, Bruna Vertoni, recebesse o diagnóstico de dengue duas vezes em um intervalo de cinco anos. Ela já havia tido a doença no período em que amamentava a primeira filha, mas descobriu que o risco da infecção era ainda maior durante a gestação.

Na época, os exames apontaram que a contagem de plaquetas no sangue era inferior a 50 mil, resultado considerado baixo. O caso inspirava mais cuidados já que ela tomava anticoagulantes, o que poderia desencadear uma complicação da doença. "Depois da primeira filha, tive três abortos e, por ter trombofilia, não poderia ficar sem a medicação na gravidez", conta. "Fiquei muito preocupada, tive todos os sintomas da dengue, mal estar, febre, manchinhas pelo corpo. Fizemos acompanhamento e felizmente a doença foi controlada", relata a professora.


A história de Bruna chama atenção para o risco que a doença representa para mulheres grávidas, tema de uma pesquisa que avaliou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, coletados entre 2016 e 2019. Os estudos investigaram como a dengue se correlacionou com a gravidez em casos de mulheres infectadas pela doença no Paraná.


O universo da pesquisa foram 27.695 casos de dengue confirmados em mulheres que tinham informações completas sobre sua condição quanto à gravidez (74,1% dos casos confirmados em mulheres com idade reprodutiva, de 10 a 49 anos). Dessas, 949 estavam grávidas.


O risco de hospitalizações e de desenvolver dengue grave se mostrou maior em grávidas do que em não-grávidas (respectivamente, 2,93 e 5,4 vezes). Das não-grávidas, 6,8% foram hospitalizadas, 1,8% teve dengue com sinais de alarme, de gravidade intermediária, e, 0,1%, dengue grave. Assim como a diabetes, a gravidez aumenta o risco de hospitalização por dengue em qualquer idade.


Veja a matéria completa no site da revista Ciência UFPR: https://ciencia.ufpr.br/portal/?p=22999

Fonte: UFPR
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