Sesa-PR estuda desativar leitos de UTI após queda na taxa de ocupação, diz secretário

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa-PR) estuda a desativação de leitos de UTI exclusivos para Covid-19 em todo o Estado, devido a queda na taxa de ocupação de leitos. A afirmação é do secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, que está em Maringá nesta quinta-feira, 22. A taxa de ocupação de leitos exclusivo para Covid-19 no Paraná está abaixo de 70%, a menor em meses de pandemia.

"Temos uma resolução da Sesa, do ano passado, que fala sobre isso. Já passamos por essa situação duas vezes. Uma vez que exista uma redução abaixo de 75% por três semanas seguidas, o hospital pode pedir uma redução de leitos. Muitos vão permanecer, outros não irão permanecer. Neste momento, eu pedi que isso fosse feito a partir de agosto, nós estamos estudando esses dados, mas pedimos que isso fosse feito com bastante cautela", afirmou o secretário.

Segundo o secretário, a redução na taxa de ocupação de leitos de UTI é resultado do avanço da vacinação. Beto Preto disse que ainda este mês o Paraná vai receber mais 700 mil doses de vacina.

"Estivemos com o ministro (da Saúde), Marcelo Queiroga, que garantiu deveremos ter ainda entre 600 e 700 mil doses ainda este mês, além das que já estão sendo distribuídas entre ontem e hoje. Além disso, para o mês de agosto, serão 68 milhões de doses em todo o Brasil e teremos 5% desse quantitativo, cerca de 3,1 milhões de doses. É um número importante, que ajuda as prefeituras a fazerem a cobertura vacinal de sua população", afirmou.

Nos momentos em que a vacinação de 1ª dose é suspensa por falta de doses, as cidades continuam aplicando a 2ª dose. O secretário fez um alerta sobre a importância de receber a segunda dose, principalmente agora com a variante Delta. "Principalmente agora com a variante delta. As vacinas têm a capacidade de reduzir a capacidade da variante conseguir se instalar, então, mais do que nunca, ressaltar esse assunto é importante", explicou.

Sobre a variante Delta, o secretário disse que a investigação dos casos confirmados no Paraná recebe esta semana o reforço de mais uma equipe do Ministério da Saúde.

As cirurgias eletivas devem ser retomadas gradativamente. O estoque de cirurgias represadas deve ser zerado em até um ano e meio. "A maioria dos hospitais de referencia ainda têm muito de seus leitos ocupados por pacientes Covid, então as cirurgias eletivas, como o próprio nome já diz, são cirurgias sem urgência. Quanto maior for a segurança dentro do ambiente hospitalar, maior a possibilidade de termos êxito naquele procedimento cirúrgico", disse.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.