Litoral PARANAGUÁ

Colégios de Paranaguá investem em medidas para garantir a segurança no ambiente escolar

Por E Mais Notícias

18/04/2023 às 16:05:16 - Atualizado há

A sensação de insegurança nas escolas de Paranaguá, devido aos casos recentes de ataques em algumas cidades do Brasil e ameaças divulgadas pela Internet, tem preocupado pais, mães e estudantes do município.

Por isso, as instituições de ensino reavivaram a discussão sobre quais alternativas são necessárias para a garantia de um ambiente escolar seguro.

Em Paranaguá, muitas escolas têm adotado medidas para intensificar a segurança e evitar fatalidades. Até mesmo aquelas consideradas seguras, passaram por adaptações e muitas, chegaram a organizar reuniões com pais e responsáveis para debater soluções.

Foi o caso do Curso e Colégio Anchieta, por lá, a ideia de contar com seguranças especializados já existe há décadas. Além disso, o colégio possui um avançado sistema de monitoramento. Mesmo assim, após os ataques noticiados, a direção resolveu intensificar esses cuidados.

"Nossos muros são altos e com cerca elétrica em toda volta do colégio, a mesma está interligada com o monitoramento central de alarme, e ao tocar nela além de dar choque dispara esse alarme. Estamos ainda com câmera externa e internamente, com 100% de vigilância. Nosso portão principal estará fechado e o atendimento é por portaria eletrônica, onde deverá ser identificado, através de vídeo, quem está do lado de fora. O portão só estará aberto na entrada e saída dos alunos, onde sempre ficará uma equipe da escola monitorando e depois ele será fechado. Contamos ainda com equipamento de detecção de metal e com outras medidas de segurança interna. Fora a Guarda Municipal, teremos também a assessoria dos Policiais Militares que estarão fazendo a ronda em nossa quadra", destaca a diretoria.

A onda de violência vivenciada nas instituições de ensino de todo país tem sido alvo de debates no Colégio.

"Como educadores percebemos que há algum tempo as crianças e adolescente, de modo geral, estão ficando muito tempo em contato com redes sociais, jogos online e outros meios, o que se agravou ainda mais na pandemia. Sabemos que os excessos durante o uso dessas ferramentas nunca foram benéficos, e nos últimos anos o que era para trazer uma certa descontração está ficando muito perigoso, pois não sabemos quem está do outro lado e essas pessoas podem acabar instigando os usuários a se envolver em situações inadequadas e muitas vezes antissociais", reforça a diretoria.

O apoio dos pais também é essencial nesta batalha de combate à violência. "Nesse sentido pedimos que os pais evitem deixar e pegar seus filhos fora de horário escolar, pois manteremos nossos portões fechados e que sempre nos informem quando vier uma pessoa diferente buscar o(a) aluno(a), porque sem essa informação o mesmo não será liberado", diz ainda a diretoria.

A escola também enviou um comunicado para as famílias dos estudantes com as seguintes orientações: Evitar enviar objetos de metais ou cortantes na mala, fazer uma verificação nas mochilas antes de enviar para o colégio; Fiscalizar as redes sociais e mudança de comportamento de seus filhos, e determinar um tempo de uso para as mesmas; Evitar compartilhar informações fakes que causem pânico a toda comunidade escolar, pois nenhum desses fatores irá contribuir com a segurança.

E não foi apenas a rede particular de ensino que viu a necessidade de realizar mudanças após os últimos episódios. No Colégio Estadual José Bonifácio, a segurança ganhou reforços.

"Dobramos a quantidade de porteiros, os alunos com histórico de violência estão tendo a mala revistada, além disso, estamos sempre fazendo rondas e verificações no pátio do colégio. Também pedimos que os estudantes venham uniformizados e evitem atrasos para não ficar de fora. Hoje contamos com o auxílio de três policiais militares concedidos pelo Governo do Estado", explica a vice-diretora Rosana Ramirez.

Rosana continua. "Para os pais pedimos que mandem os filhos uniformizados, verifiquem as malas antes da aula e comuniquem com antecedência caso o estudante precise faltar".

A educadora finaliza fazendo a sua análise sobre os tristes acontecimentos envolvendo a insegurança no ambiente escolar.

"Essa onda de violência é para barbarizar, para criar tumulto e pânico. A realidade é que falta mais tempo da família dentro da escola, isso faria toda a diferença. Estamos totalmente expostos à índole de certos alunos e infelizmente não temos como escolher quem frequenta o ambiente escolar. Precisamos de ajuda da comunidade, do Governo e especialmente dos familiares. Após a pandemia, muitos adolescentes ficaram com a mente adoecida e precisamos achar juntos uma forma de superar tudo isso", completa Rosana.

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