WASHINGTON (Reuters) – O principal diplomata norte-americano encarregado de assuntos com reféns prometeu nesta quarta-feira trazer para casa dois norte-americanos detidos pela Rússia — o jornalista Evan Gershkovich e o ex-fuzileiro naval Paul Whelan — enquanto pressiona Moscou a conceder acesso consular ao repórter do Wall Street Journal.
“O presidente dos Estados Unidos e o secretário estão empenhados em trazer Evan para casa e Paul Whelan também. E vamos fazer o que for preciso para realizar essa tarefa”, disse Roger Carstens, enviado presidencial especial dos EUA, à emissora CNN.
Em uma série de entrevistas para a televisão, Carstens repetiu o pedido de Washington para que Moscou permita uma visita consular ao repórter detido do Wall Street Journal Gershkovich, que teve contato mínimo com seus advogados desde sua prisão há duas semanas.
Gershkovich parece estar de bom humor e com boa saúde, afirmou o diplomata.
“Mas não conseguimos verificar isso por meio de uma visita consular”, disse Carstens à rede ABC News.
Mais cedo em Moscou, o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, informou que a Rússia estava avaliando a concessão de acesso.
O Departamento de Estado dos EUA designou Gershkovich como “detido injustamente”, medida que segundo Ryabkov não mudaria a abordagem de Moscou ao caso.
“Não vamos tolerar nenhuma tentativa de nos pressionar”, disse Ryabkov à agência de notícias estatal russa Tass.
O serviço de segurança da Rússia acusou Gershkovich, sem fornecer provas, de coletar informações sigilosas como segredo de Estado sobre uma fábrica militar. O Wall Street Journal nega as alegações da Rússia.
(Reportagem da Reuters, Doina Chiacu e Susan Heavey)
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