Medidas incluem R$ 150 milhões para rondas escolares em estados e municĂpios e construção de uma polĂtica nacional de combate à violĂȘncia. "O paĂs precisa reagir, estamos indignados", afirmou Camilo Santana
Em resposta imediata ao monstruoso ataque que ceifou a vida de quatro crianças entre 4 e 7 anos, na quarta-feira (5), em Blumenau (SC), o governo Lula anunciou uma série de medidas de enfrentamento à violĂȘncia nas escolas. Os ministros da Justiça, FlĂĄvio Dino; da Educação, Camilo Santana; dos Direitos Humanos, Silvio Almeida; e da Secretaria-Geral da PresidĂȘncia, MĂĄrcio Macedo, detalharam as ações em coletiva de imprensa, após reunião com o presidente.
A primeira delas é o repasse emergencial de R$ 150 milhões do Fundo Nacional de Segurança PĂșblica (FNSP) para reforçar as rondas escolares das polĂcias estaduais e guardas municipais. O presidente assina, ainda nesta quarta, decreto interministerial para a construção de uma polĂtica nacional de combate à violĂȘncia nas escolas. A primeira reunião do grupo interministerial ocorrerĂĄ nesta quinta-feira (6), sob a coordenação de Santana.
Na coletiva, Dino explicou o que foi acordado após reunião com Lula. "Temos, por decisão do presidente da RepĂșblica, uma dimensão estruturante, que é o grupo de trabalho de formulação, sob o comando do ministro Camilo, de uma polĂtica nacional de enfrentamento à violĂȘncia nas escolas, a dimensão emergencial, que é fortalecer o trabalho de estados e municĂpios no que se refere às rondas escolares, e o fortalecimento do trabalho do Sistema Nacional de Segurança PĂșblica quanto a postagens na internet.
O ministro anunciou a ampliação do grupo jĂĄ existente de monitoramento dos sites da chamada deep web, que armazenam conteĂșdos de estĂmulo à violĂȘncia e mesmo ameaças de outros ataques. "A partir de amanhã, teremos 50 policiais dedicados a investigar ameaças de novos ataques na internet", afirmou Dino.
Sobre a verba para a segurança, o ministro esclareceu que os R$ 150 milhões "serão ofertados aos estados e municĂpios, que tĂȘm a competĂȘncia constitucional para fazer esse patrulhamento ostensivo".
"São medidas prĂĄticas, o presidente da RepĂșblica estĂĄ absolutamente comovido, todos estamos, na condição de pais, tios, familiares", afirmou Dino, na coletiva. "É algo que corta o coração".