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Presidente disse que qualquer providência sobre o piso da enfermagem só poderá ser tomada após um posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que avalia o tema. Lula em agenda oficial, no RecifeReprodução/TV GloboO presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (22) que o governo deve subsidiar parte dos custos das santas casas para garantir o pagamento do piso nacional da enfermagem.Compartilhe no WhatsAppCompartilhe no TelegramLula ponderou, no entanto, que qualquer providência sobre o piso da enfermagem só poderá ser tomada após um posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que avalia o tema."Os empresários do setor privado da saúde entraram com uma ação... entraram com o argumento de que não podiam pagar [o piso]. Eu acho que eles podem pagar", disse o presidente em um evento de lançamento do Programa de Aquisição de Alimentos e recriação de órgão ligado ao desenvolvimento rural sustentável, em Pernambuco. "A rede hospitalar privada pode pagar. Quem é que tem dificuldade de pagar? Quem trabalha aqui na saúde sabe: as santas casas... a gente vai tomar a decisão de um subsídio para financiar o pagamento, ou uma parte do pagamento das santas casas", prometeu Lula. O presidente fez questão de dizer que não pretende atropelar o STF. Por isso mesmo, pediu ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, que se reunisse na tarde desta quarta-feira com o relator do caso na corte, o ministro Luís Roberto Barroso. "O presidente da República não pode atropelar a decisão. Quem fazia isso era o boquirroto do Bolsonaro, que ficava xingando a Suprema Corte todo dia. Não. Eu quero respeitar a decisão", disse, em referência ao ex-presidente, que em diversas ocasiões desferiu ataques à Justiça e a magistrados, levando a uma série de crises institucionais no decorrer de seu governo. No fim do ano passado, Barroso pediu informações ao Congresso Nacional sobre a tramitação do projeto de lei que regulamenta emenda constitucional sobre o piso salarial nacional de enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. A emenda prevê que uma lei federal regulamente o tema para detalhar a assistência financeira a entes da Federação e entidades filantrópicas. A decisão do ministro foi tomada no âmbito de ação apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços.LEIA TAMBÉMSenado aprova direito a acompanhante para mulheres em procedimentos de saúdeCom teto de gastos, Saúde deixou de receber R$ 45,1 bilhões; Haddad fala em recompor valoresHaddad diz que considera 'preocupante' comunicado do Copom que manteve a Selic em 13,75%FomeAo participar da cerimônia de relançamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Recriação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), nesta quarta, Lula voltou a bater na tecla do compromisso do governo em garantir alimentação adequada aos brasileiros. Em seu discurso, Lula relatou a experiência pessoal de ter passado fome, na infância."Quem nunca passou fome não sabe quanta falta faz comer. Quem nunca comeu um pão até os 7 anos de idade, como eu, sabe que falta faz um pedaço de pão... eu não vou desistir antes de cumprir a profecia de que esse povo tem que comer três vezes por dia", disse o presidente à plateia em Pernambuco. Antes de seu discurso, Lula havia publicado em seu perfil no Twitter que "o Programa de Aquisição de Alimentos é mais uma política que retomamos para combater a fome no Brasil, com incentivo à agricultura familiar e com alimentos saudáveis para o prato do povo brasileiro e merendas das nossas crianças".VÍDEOS: mais assistidos do g1