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Preço do ovo deve continuar subindo em 2023, segundo especialistas

Por Da Redação

12/03/2023 às 07:29:47 - Atualizado há
Alimento teve alta acumulada de 36,5% em 2022, de acordo com o Deral; preços assustam consumidores. Ovo deve ficar mais caro em 2023

Em comparação com as carnes, o ovo é a opção mais barata de proteína. Mas, de uns tempos para cá, o preço tem se tornado o vilão deste item tão popular.

Segundo o Departamento de Economia Rural, no último ano, o ovo, que no início de 2022 custava pouco mais de R$ 6 a dúzia, teve alta acumulada de 36,5%. E, em 2023, os preços continuam subindo.

Em janeiro, a dúzia do ovo custava, em média, R$ 8. Em fevereiro, passou para mais de R$ 9 e, em um supermercado de Maringá, por exemplo, o ovo pode ser encontrado por mais de R$ 10 a dúzia. Dependendo do tipo, pode chegar a mais de R$ 12.

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Um dos motivos é o período de quaresma, quando o consumo aumenta e os preços costumam acompanhar.

“Cai um pouco a venda da carne, tem aumento na venda do peixe, mas quem não consome esses dois produtos acaba recorrendo ao ovo”, diz o gerente de mercado Anderson Vieira.

Alta do ovo deve continuar em 2023, segundo especialistas

Foto: Patrick Pleul/AFP

Os consumidores sentem no bolso, seja na feira livre ou nos supermercados. Até a opção mais econômica, que é a bandeja com 30 unidades, assusta pelos preços.

Além da demanda maior nessa época, a explicação para a alta nos preços está no campo. Nas granjas, os principais componentes da ração das galinhas poedeiras são o milho e o farelo de soja - produtos que tiveram alta nos últimos anos e elevaram os custos de produção.

O Paraná está entre os cinco maiores produtores do país. Só de uma granja em Arapongas, no norte do estado, saem 23,5 milhões de ovos por mês. A expectativa é aumentar bem mais a produção este ano.

Por questões de segurança, visitas à granja estão proibidas, por causa da gripe aviária que vem provocando surto em vários países - mais recentemente, nos vizinhos Argentina e Uruguai. O Brasil não registrou nenhum caso, mas as medidas sanitárias nos aviários foram redobradas.

“Todas as nossas unidades estão com as barreiras sanitárias para que isso não chegue até nossas granjas e em nosso grupo", diz Cancini.

Santin, da ABPA, diz que a associação e os produtores estão trabalhando através da prevenção.

“O setor de postura, principalmente, tem redobrado os cuidados através de troca de roupas para atender a granja, de trocar o calçado que entra na granja, de evitar o contato com aves silvestres”, ele diz.

O Brasil deve produzir este ano mais de 52 bilhões de ovos. Quase tudo é para atender o mercado interno. Apenas 0,5% é exportado. Afinal, gente para consumir aqui não falta. Nem custando mais caro ele deixa de ser o queridinho da maioria. Mas o preço ainda deve continuar subindo.

Segundo a ABPA, a boa notícia é que os preços não devem subir muito mais. “Mas deve manter, sim, esse padrão, porque esse é o mínimo para você poder continuar produzindo e poder manter a oferta de ovos na mesa dos brasileiros”, Santin diz.

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Fonte: G1
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