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Forças de segurança de Israel matam três palestinos na Cisjordânia

Por Isto É

09/03/2023 às 07:09:14 - Atualizado há
Isto É

Três palestinos, incluindo dois combatentes da Jihad Islâmica, morreram nesta quinta-feira (9) em uma troca de tiros com as forças de segurança israelenses no norte da Cisjordânia ocupada.

O incidente aconteceu poucas horas antes da chegada a Israel do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, e um dia após o pedido de um emissário da ONU para o fim imediato do "ciclo de violência" na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967.

Os três palestinos morreram na localidade de Jaba, perto da conturbada cidade de Jenin, segundo o ministério da Saúde palestino. Um comunicado os identificou como Sufian Fakhoury (26 anos), Nayef Malaysha (25) e Ahmed Fashafsha (22).

A polícia israelense afirmou que as forças especiais, com o apoio de soldados, estavam em Jaba para deter suspeitos de atirar contra militares na região.

Dois dos três mortos pertenciam ao movimento palestino Jihad Islâmica, afirmou a polícia em um comunicado.

"Durante a operação, tiros foram disparados contra os oficiais infiltrados da polícia de fronteira a partir do carro dos homens procurados", indicou a força de segurança.

Os agentes "responderam com tiros e mataram três homens armados no carro", acrescentou a nota oficial.

"Armas e artefatos explosivos foram encontrados no veículo".

O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, elogiou as forças de segurança por terem "eliminado os terroristas desprezíveis que abriram fogo contra nossos defensores".

O grupo Jihad Islâmica condenou Israel em um comunicado pelo que chamou de "cruel assassinato" em Jaba.

– "Ciclo de violência" –

Na terça-feira, uma operação israelense no campo de refugiados de Jenin para deter o suposto assassino de dois colonos terminou com seis palestinos mortos após confrontos violentos.

O ministério palestino da Saúde informou nesta quinta-feira que um adolescente de 14 anos atingido por tiros se tornou a sétima vítima fatal da operação, durante a qual os israelenses chegaram a usar lança-foguetes portáteis.

Desde a chegada ao poder, no fim de dezembro, do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, um dos Executivos mais à direita da história de Israel, os confrontos letais se tornaram mais intensos, em particular na Cisjordânia, onde o exército aumentou o número de operações.

O conflito matou 75 palestinos desde o início do ano, incluindo combatentes e civis. Treze pessoas morreram em Israel, incluindo integrantes das forças de segurança e civis. Os balanços foram elaborados pela AFP com base em fontes oficiais dos dois lados.

"Estamos no meio de um ciclo de violência que deve ser interrompido imediatamente", afirmou na quarta-feira o enviado da ONU para a Paz no Oriente Médio, o diplomata norueguês Tor Wennesland.

Com a proximidade do início do Ramadã em abril, mês em que também acontece este ano a Páscoa judaica, muitos analistas temem que um eventual incidente na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, local sagrado para o islã e o judaísmo, provoque uma onda de violência incontrolável.

O governo dos Estados Unidos também expressou preocupação com o aumento da violência. O secretário de Defesa, Lloyd Austin, se reunirá nesta quinta-feira com seu homólogo israelense, Yoav Gallant, no aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv.

A reunião estava programada para acontecer no ministério da Defesa na cidade, mas as autoridades israelenses temiam as manifestações programadas para a região, informou uma fonte do governo americano.

Fonte: Isto É
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