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Ucrânia tenta restabelecer fornecimento de energia após bombardeios russos

Por Isto É

17/12/2022 às 01:39:17 - Atualizado há
Isto É

A Ucrânia tentava nas primeiras horas deste sábado restabelecer a eletricidade cortada após uma onda de bombardeios russos contra a sua infraestrutura, que a União Europeia denunciou como um crime de guerra.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, informou que Kiev e outras 14 regiões foram afetadas por cortes de água ou eletricidade, mas afirmou que já se trabalhava para solucionar o problema.

Foram disparados 74 mísseis no total, dos quais 60 foram derrubados, segundo o Exército da Ucrânia. No sul do país, em Kryvyi Rig, cidade natal do presidente ucraniano, três pessoas morreram depois que um míssil atingiu um prédio residencial, segundo o governador regional.

Autoridades instaladas por Moscou na cidade ucraniana de Lugansk, leste do país, afirmaram que 11 pessoas morreram e 17 ficaram feridas em bombardeios da Ucrânia naquela região, controlada pela Rússia.

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, condenou hoje "o terror indiscriminado" da Rússia contra a Ucrânia. Em um novo pacote de sanções, o bloco proibiu a exportação de motores de drones para a Rússia e "para todos os países terceiros" que possam facilitar esses elementos a Moscou.

– Reveses –

Nos últimos meses, a Rússia sofreu uma série de reveses militares no sul e nordeste da Ucrânia. Desde então, Moscou optou por bombardear as instalações de energia do país, o que deixa milhões de ucranianos sem luz e calefação em um período de temperaturas gélidas.

Em Kiev, as temperaturas oscilavam nesta sexta-feira entre -1°C e -3°C. A capital resistiu a "um dos maiores ataques com mísseis" desde o começo da invasão russa, em 24 de fevereiro, afirmou o comando militar da região.

Vários moradores da capital passaram horas abrigados no metrô. "Quando acordei, vi um míssil no céu e soube que tinha que ir para o metrô", contou a atriz Lada Korovay, 25. O prefeito de Kiev, Vitali Klitchko, informou que apenas um terço dos habitantes da cidade dispunham de água e calefação, e 40%, de eletricidade.

O comandante das Forças Armadas, Valery Zaluzhny, declarou ontem que prevê uma nova ofensiva russa contra Kiev nos primeiros meses de 2023.

Os combates se concentram atualmente no leste e sul da Ucrânia, onde os bombardeios também deixaram várias cidades sem luz.

Kharkiv foi uma das cidades atingidas, segundo o prefeito Igor Terekhov. Autoridades locais anunciaram à noite que haviam restabelecido a eletricidade em 55%. Na região homônima, a porcentagem era de 85%.

Os ataques também afetaram a região de Zaporizhzhia, onde fica a maior central nuclear da Europa, afirmou o governador Oleksandr Staruch.

– Visita a Belarus –

Os bombardeios russos aconteceram depois que os aliados ocidentais da Ucrânia anunciaram uma ajuda de um bilhão de euros para a reconstrução das infraestruturas do país.

Nesta sexta-feira, o governo de Belarus anunciou que o presidente russo, Vladimir Putin, visitará o país na segunda-feira para uma reunião com o colega e aliado Alexander Lukashenko.

Algumas tropas de Moscou partiram do território bielorrusso no início da ofensiva.

Minsk informou que os dois presidentes terão um encontro privado e negociações mais amplas com seus ministros sobre a "integração Belarus-Rússia".

Os países se comprometeram com um amplo leque de programas para aprofundar seus laços econômicos e de segurança.

"Os presidentes devem priorizar as questões de segurança", afirmou o governo de Belarus.

Fonte: Isto É
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