Geral Alexander Lukashenko

Jornalista, esposa e cinegrafista são presos em Belarus por reportagem sobre a crise na fronteira

Por Da Redação

02/12/2022 às 20:01:55 - Atualizado há

A Justiça de Belarus condenou nesta sexta-feira (2) o jornalista Dzmitry Luksha, sua esposa, Palina Palavinka e o cinegrafista Dzyanis Yarouski por conta de reportagens que abordaram a crise de migrantes ao longo da fronteira do país com a Polônia em 2021. As informações são da rede Radio Free Europe.

Luksha, correspondente freelancer do canal de televisão Khabar 24, do Cazaquistão, e sua mulher, Palina, pegaram quatro e 2 anos e meio de prisão, respectivamente. Eles foram considerados culpados de desacreditar Belarus e “participar ativamente de atividades de grupo que perturbar descaradamente a ordem social”. Já Yarouski foi condenado a um ano e meio de cárcere pelas mesmas acusações.

Eles produziram conteúdo jornalístico sobre migrantes provenientes de países como Iraque, Síria, Irã, Iêmen, Afeganistão e Cuba que tentam ingressar na Polônia, obter asilo e assim construir uma nova vida no continente europeu. A situação na fronteira gerou relatos de pessoas forçadas pelos poloneses a retornar a Belarus, onde muitas foram vítimas de abusos diversos, como agressão e estupro. A crise, que teve início no ano passado, ainda não terminou.

Dzmitry Luksha durante reportagem (Foto: Repórteres Sem Fronteiras/Reprodução Twitter)

As nações europeias condenam o presidente belarusso Alexander Lukashenko, conhecido pela alcunha de “último ditador da Europa“, por planejar a crise em resposta às sanções ocidentais impostas a ele por conta da crescente perseguição do seu regime contra opositores, a mídia independente, defensores dos direitos humanos e ativistas. Tal comportamento é parte de uma repressão brutal contra cidadãos que contestam os resultados oficiais das eleições presidenciais de agosto de 2020.  

Também nesta sexta, o Tribunal da Cidade de Minsk iniciou o julgamento de outro jornalista, Henadz Mazheyka, acusado de insultar Lukashenko e “incitar o ódio” em uma reportagem de sua autoria que abordou um tiroteio policial em um apartamento de Minsk no ano passado e que deixou um funcionário de TI e um oficial da KGB morto.

Mazheyka, correspondente da sucursal belarussa do jornal Komsomolskaya Pravda, de Moscou, se diz inocente.

 

Fonte: A Referência
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