O líder do Governo na Câmara de Curitiba rechaçou a maneira de como a postagem foi escrita. Segundo ele, Freitas mandou a classe média branca ao esgoto e, o contrário, seria crime. "Nas suas redes sociais, ele agride a classe branca de Curitiba, chama de fascista. Se fossemos um de nós, brancos, dizer ao vereador para voltar ao esgoto, com certeza, seríamos taxados de racistas. O ministro Barroso lhe deu um salvo conduto, mas não lhe deu o direito de agredir a ninguém, não lhe deu o direito de xingar os alunos e os pais do Colégio Santa Maria", defendeu.
O vereador continua, mesmo diante das falas de Renato Freitas, sentado em seu espaço no plenário. "Escutei muito dizer que com a vitória do Lula o amor venceu o ódio, mas não é o que parece quando a gente vê as redes sociais de um vereador, agora deputado estadual eleito democraticamente, com uma belíssima quantidade de votos, que a classe média branca de Curitiba deve voltar ao esgoto. Enquanto eu falo, cale a boca", já exaltado, dizendo: "Moleque é o senhor".
Nesse momento, Alexandre Leprevost (Solidariedade), que presidia a Mesa, faz uma intervenção e pede que Freitas respeito o tempo de fala de Pier. "Vereador Renato, por favor, peço compreensão, o vereador está falando no horário do pequeno expediente. Dessa forma, o senhor está quebrando o regimento da Casa. Por favor, se inscreva depois e o senhor rebate da maneira como quiser. Mas, por favor, vamos respeitar e o deixe concluir a sua fala", determina.
Fiz uma defesa do Colégio Santa Maria de Curitiba, instituição histórica da nossa Curitiba, fundada em 1925. Os ataques do vereador do PT, mandando os alunos voltarem para o esgoto não pode passar batido! Aos irmãos Maristas saibam que estou com vocês neste momento!
— Pier Petruzziello (@pier_p) November 1, 2022
Petruzziello, então, finaliza. "Não vamos aceitar dizer que a classe média branca precisa voltar para o esgoto porque ali tem muitos pais que lutam para pagar a mensalidade dos seus filhos. O Colégio tem professores de direita, de esquerda, pais de direita, esquerda, e isso deve ser respeitado". Freitas não usou a tribuna para rebater as críticas.
À imprensa, o Colégio Marista Santa Maria se manifestou afirmando que está atento às movimentações políticas dentro da instituição.
“O Colégio Marista Santa Maria informa que está acompanhando a mobilização que ocorreu no recreio na manhã de hoje e que está atento às movimentações relacionadas. Guiados pelos valores Maristas, pedimos a compreensão da comunidade escolar para o momento atual, que nos convida à prática do respeito, espírito de família e acolhimento das diferenças”, disse o Marista em nota.