O Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos foi inaugurado em maio de 2005 e está localizado sobre o antigo cemitério destinado a negros capturados e trazidos da África para servirem de escravos no Brasil.
O achado arqueológico foi identificado de forma surpreendente, em 1996, durante uma reforma que os donos do casarão, Petrúcio e Maria de La Merced, promoveram no imóvel. Na ocasião, durante a sondagem do solo, foram descobertos fragmentos de objetos e de ossos humanos. O achado foi comunicado aos órgãos responsáveis, que enviaram especialistas à área. Após pesquisas, os profissionais confirmaram a descoberta.
O cemitério destinava-se ao sepultamento dos pretos novos, isto é, dos escravos que morriam após a entrada dos navios na Baía de Guanabara ou imediatamente depois do desembarque, antes de serem vendidos. Ele funcionou de 1772 a 1830, no Valongo, faixa do litoral carioca que ia da Prainha à Gamboa.
O instituto visa desenvolver pesquisas, estudos e investigações que objetivem a preservação do patrimônio material e imaterial africano e afro-brasileiro, cuja conservação e proteção sejam de interesse público, com ênfase no sítio histórico e arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos, com a finalidade de valorizar a memória e a identidade cultural brasileira.