Desde o dia 3 de setembro, Luccas era considerado foragido, já que conseguiu escapar do presídio de Segurança Máxima de Dourados. Na época, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informou que ele usou uma corta artesanal feita com pedaços de panos, passou por dois alambrados e escalou a muralha do presídio. Uma barra de ferro pontiaguda foi cravada no chão para que a corda fosse prendida. A corda é conhecida como 'tereza'.
Desde então, segundo a polícia, Luccas estaria comentendo furtos.
O primeiro registro criminal de Luccas é de 2013, quando teria fugido do 9° Distrito Policial de Curitiba, após ser acusado de sequestro relâmpago. Dois anos depois, matou o adolescente Matheus de Godoy Bueno, de 16 anos, após suposta briga de bar. No ano seguinte, Luccas fugiu da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, e acaba envolvido na morte de Erivelton Júlio de Carvalho.
Condenado pelos dois homicídios, com penas que somadas ultrapassam 80 anos, Luccas chegou a ficar preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), a fuga aconteceu em 27 de abril.
Depois disso, Luccas preso em Mato Grosso do Sul, em junho, ao entrar no Brasil por Ponta Porã, fronteira com o Paraguai, utilizando documentos falsos com o nome de Evandro Oliveira Ribeiro. A última fuga aconteceu no dia 3 de setembro.
Coincidentemente, Evandro é um nome que remete à mãe de Luccas, Beatriz Abagge. Em 1992, ela foi acusada de ter matado Evandro Ramos Caetano, de 6 anos, durante suposto ritual de magia negra em Guaratuba, no Litoral.
Novas provas, porém, confirmam que ela foi torturada para confessar o crime. Recentemente, o Governo do Paraná pediu desculpas a ela e também para a avó de Luccas, Celina Abagge, pela forma com que o Estado agiu na ocasião.
Beatriz, atualmente, aguarda a revisão criminal da condenação ocorrida em 2011.