Samara…Cristiano…conheça bonecos que viraram atração em Maringá

"Maringalidades", "maringazices"… coisas que só se vê na Cidade Canção. Alguns bonecos e bonecas "ganharam vida" e se tornaram atrações na cidade. O GMC Online conversou com os donos da Cristal, do Cristiano, da Samara e do Cassimiro. Confira.

Boneca Cristal e "namorado" Cristiano

A história da boneca Cristal começou no início da pandemia, quando o irmão da diarista Adriana do Nascimento, que trabalha com reciclagem, a encontrou. “Ele me deu, mas não sabia que ia fazer sucesso do povo vir, tirar foto. Virou tipo um ponto turístico. Quando eu troco de roupa o povo vem tirar foto”, conta.

O nome foi dado justamente por crianças que passaram pela rua, já que a chácara em que Adriana mora fica na Avenida Cristal, atrás do Hospital Universitário de Maringá. “Coloquei o nome da boneca de Cristal, aí a chácara nossa ficou como ponto de referência. Os ubers vem aqui com a referência dos bonecos. No ano passado eles foram a atração do Natal de Maringá, porque eu vesti a Cristal e o Cristiano”.

Cerca de dois meses depois, o irmão de Adriana encontrou outro manequim.

A família aumentou ainda mais com a chegada de dois bonequinhos a Andreia e o Marcos. “Mas a boneca estragou e não consegui outra e dois meses que roubaram o bonequinho”, lamenta.

Mas o plano de Adriana é dar novas companhias para o casal novamente, porque os bonecos, segundo ela, dão sorte. “As pessoas me ajudaram com roupas para os bazares beneficentes que eu faço. Vem pessoas com depressão, que conversam com eles, se distraem. Fiz muitas amizades novas, bastante repórter já veio na minha casa. Então uma brincadeira que eu fiz eu não sabia que ia fazer um sucesso desse”.

Samara e Cassimiro

Em uma lanchonete na Avenida Herval, zona 7, a boneca Samara já virou atração. Ela chegou há cerca de cinco anos para fazer companhia ao boneco Cassimiro, que foi comprado pelo proprietário Vinícius Baradel e ficava em pé encostado em um pilar em uma outra lanchonete. “Ele servia como guardião. Os clientes relatam que passavam à noite e sempre pensavam que tinha uma pessoa lá”, diverte-se.

Já a boneca Samara estava desmontada em um quartinho e um dia Vinícius resolveu montá-la e colocá-la já no endereço atual do estabelecimento. “Não lembro aonde arrumei essa boneca. Daí montei ela e coloquei em uma cadeira embaixo, no salão. Isso foi repercutindo, as pessoas se perguntando quem era essa boneca, por que estava ali, os clientes perguntavam e nem eu sabia responder. Daí eu comecei a trocar a roupa dela, o pessoal começou a gostar, daí eu dei um nome pra ela e ficou”.

Com o objetivo de chamar ainda mais a atenção, Vinicius resolveu colocar a Samara em cima do telhado da lanchonete. “Uns têm medo, outros dão risada. Muita gente gente tira foto, e foi um negócio que pegou, achei engraçado e ficou”.

Samara e o Cassimiro trocam de roupa com frequência e os trajes também acompanham eventos temáticos. Para a Copa do Mundo, os bonecos estarão caracterizados. “Vamos fantasiar eles, vestir a caráter. Vão colocar a camisa do Brasil”, diz Vinicius. No dia a dia, ele segue o clima. “Por exemplo, tá frio, eu coloco uma touca, no verão coloco biquini nela”.

Entre as histórias inusitadas, Vinicius cita uma vez em que as roupas do Cassimiro foram furtadas. “Passou um andarilho, pulou dentro do lanche e roubou a roupa do Cassimiro. Isso repercutiu muito…veio até tv, vieram fazer uma filmagem…brincamos que não estão perdoando nem o manequim, que ele ficou pelado”, brinca.

Quem desembarcou há pouco tempo na lanchonete para fazer companhia ao casal foi o Severino, um et. “Ele fica em pé no caixa”, conta Vinícius. E a intenção é de aumentar a família. “Tenho sim intenção de ter outros bonecos, mas acontece naturalmente, não vou atrás, depende da inspiração que vai surgir”, explica.

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