PolĂ­tica Motociata

Bolsonaro participa de motociata em Porto Alegre sob forte esquema de segurança

Por Correio 24 Horas

10/07/2021 às 12:08:35 - Atualizado hĂĄ

Um forte esquema de segurança protege o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em motociata que ocorre na manhã deste sĂĄbado (10), em Porto Alegre (RS). De acordo com imagens divulgadas ao vivo pela TV Pampa, a PolĂ­cia Militar gaĂșcha acompanha todo o trajeto feito pelo mandatĂĄrio do poder Executivo, que também recebe a proteção de agentes de segurança ao seu redor.

Em nota, a Secretaria Estadual de Segurança PĂșblica do Rio Grande do Sul informa "assegurar a execução de ações de prevenção e policiamento, em cumprimento do dever de garantir a manutenção da ordem pĂșblica e proteção dos cidadãos, sejam participantes do evento ou não". Ao longo do percurso, o presidente recebe aplausos de apoiadores que carregam bandeiras do PaĂ­s.

Semana conturbada
Após uma semana marcada por conflitos com membros da CPI da Covid e ataques às eleições e ao Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro participa do ato de apoiadores, que se concentravam na FIERGS (Federação das IndĂșstrias do Estado do Rio Grande do Sul) desde cedo, de onde partiu depois das 10h para o passeio com o lĂ­der nacional. Assim como aconteceu em atos anteriores, ele não usa mĂĄscara.

Bolsonaro estĂĄ no Rio Grande do Sul desde a tarde dessa sexta, quando participou de feira em Caxias do Sul. "(Quanto) às pressões que eu enfrento, fiquem tranquilos, meu couro é grosso", disse ele em discurso aos presentes no evento. A fala repercutiu nas redes sociais também pelo acesso de soluços do presidente durante a fala, como é possĂ­vel ver no vĂ­deo publicado pelo perfil do Planalto no Twitter (a partir de 2h07). O presidente abriu a sua tradicional live de quinta-feira dizendo que estava "hĂĄ uma semana" com o ataque e que, por isso, talvez não conseguisse se "expressar adequadamente" na transmissão.

De Caxias do Sul, ele partiu para Bento Gonçalves para um jantar com empresĂĄrios, e nesta manhã foi até Porto Alegre. O presidente estĂĄ acompanhado de Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ministro da Secretaria-Geral da PresidĂȘncia, e do deputado federal Bibo Nunes (PSL-RS).

Durante a semana, cresceu a pressão por uma resposta de Bolsonaro aos indĂ­cios de corrupção em seu governo, segundo oitivas da CPI da Covid. A cĂșpula da comissão enviou uma carta ao presidente pedindo para que ele se manifestasse a respeito das acusações, mas o presidente se negou a respondĂȘ-la.

O chefe do Executivo também fez novos ataques às eleições com urna eletrônica, repetindo acusações sem fundamento de fraudes e ameaçando, inclusive, a não fazĂȘ-las em 2022 caso não seja implantado um sistema de voto impresso. As declarações provocaram fortes reações do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro LuĂ­s Roberto Barroso.

O encontro faz parte de uma série de eventos em que o presidente busca reforçar a relação com a sua base mais fiel. O presidente jĂĄ participou de passeios em BrasĂ­lia, Rio de Janeiro, São Paulo e Chapecó, em Santa Catarina.

Após a motociata de São Paulo, estimada em ter custado R$ 1,2 milhão aos cofres pĂșblicos, Bolsonaro foi multado em R$ 552,71 por não ter usado mĂĄscara contra o coronavĂ­rus no trajeto. Cenas de aglomeração também foram recorrentes em passeios anteriores.

Ao final do ato, é comum também que Bolsonaro cumprimente apoiadores e discurse à multidão presente. Em Chapecó, ele voltou a criticar medidas de isolamento e afirmou que a CPI da Covid era conduzida por "sete pilantras". "Temos uma CPI de sete pilantras que não querem investigar quem recebeu o dinheiro, apenas quem mandou o dinheiro. Lamentavelmente, o Supremo decidiu pela CPI, e decidiu também que governadores (fossem desobrigados) a comparecer à mesma. Querem apurar o quĂȘ? No "tapetão", não vão levar", disse na ocasião.

Porto Alegre ainda vive um cenĂĄrio preocupante da pandemia, apesar de o nĂșmero de internações ser o menor em cinco meses. A taxa de ocupação de leitos de UTI na cidade estĂĄ em 82,85%, segundo dados da prefeitura da capital gaĂșcha atualizados pela Ășltima vez no final da tarde desta sexta, 9. A cidade teve 159 192 casos confirmados da doença e 5.194 óbitos.

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Jornalista Luciana Pombo

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