PolĂ­tica CPI da Pandemia

Bolsonaro diz que não responderá senadores: "caguei pra CPI"

Por Congresso em Foco

08/07/2021 às 21:55:42 - Atualizado hĂĄ

O presidente da RepĂșblica indicou, nesta quinta-feira (8), que não vai responder aos pedidos da CPI da Covid para que confirme ou negue as afirmações do deputado Luis Miranda (DEM-DF) sobre a vacina da Covaxin. Em sua live semanal, Jair Bolsonaro indicou que não cooperarĂĄ com a comissão de senadores, e acusou o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL) de estar alinhado a seu principal opositor nas eleições de 2022.

"VocĂȘ sabe qual é a minha resposta, pessoal? Caguei. Ca-guei para a CPI", respondeu o presidente.

"Eu não vou responder nada pra esses caras", disse Bolsonaro, acompanhado do ministro da CiĂȘncia e Tecnologia, Marcos Pontes. "Eu não vou responder nada para este tipo de gente, em hipótese alguma, que não estão preocupados com a verdade. Eles querem desgastar o governo porque?o Renan, por exemplo, é aliadĂ­ssimo do Lula, à volta do Lula a qualquer preço. Por isso, não vou responder CPI para esses caras."

Bolsonaro ainda reclamou que a CPI não atuou para diminuir o alto nĂșmero de mortes pela pandemia – causado, de acordo com senadores e testemunhas ouvidas pela CPI, pela mĂĄ condução, por parte do próprio presidente, do seu governo durante a pandemia de covid-19. Ele também chamou os senadores de patifes e "CPI de Picaretas", chamou Renan de "imbecil" e o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), de "analfabeto".

A fala de Bolsonaro ocorre no mesmo dia em que duas pesquisas indicam que o presidente estĂĄ no pior nĂ­vel de aprovação desde o inĂ­cio da pandemia, com o Datafolha e a XP/Ipespe indicando mais um Ă­ndice de desaprovação superior a 50%. Ao mesmo tempo, a CPI da Pandemia avança sobre a suspeita de que Bolsonaro não agiu ao saber que haviam irregularidades na compra de vacinas, que poderia envolver membros do Ministério da SaĂșde e o lĂ­der do seu governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

Hoje, a CPI enviou uma carta para que Bolsonaro confirme ou negue as acusações de LuĂ­s Miranda de que o presidente foi avisado por ele e por seu irmão, LuĂ­s Ricardo, de irregularidades na compra da Covaxin. "Tomamos esta medida de maneira formal, tendo em vista que hoje, após 13 dias, Vossa ExcelĂȘncia não emitiu qualquer manifestação afastando, de forma categórica, pontual e esclarecedora, as graves afirmações atribuĂ­das à Vossa ExcelĂȘncia, que recaem sobre o lĂ­der de seu governo", pontua a carta assinada pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).


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