A história de um pequeno prédio na Rua Aurora, com quatro andares, oito apartamentos, com um bar gay localizado no térreo foi uma das grandes estreias do Festival de Curitiba nesta quinta-feira (07), no Teatro José Maria Santos. São sete personagens muito diferentes dos comuns em filmes e novelas, como Justyna, Mãe, Diega, Saltério, Acácio, Bola e Ordálio, cada um com suas origens e complexidades.
A peça, que empresta o nome da rua em que a trama se desenvolve, é uma obra do grupo Os Satyros, fundado em 1989, que se tornou uma das principais referências do teatro nacional. Já com o primeiro trabalho “Aventuras de Arlequim”, receberam indicações a prêmios, como ao Troféu APCA e Mambembe. Hoje o grupo conta com mais de 100 produções. “Cada uma conta uma história da gente”, segundo Ivam Cabral, diretor, ator e um dos fundadores.
A estreia de Aurora aconteceu em novembro, em São Paulo, na primeira apresentação do grupo após a pandemia, espetáculo trazido para o Festival de Curitiba. Aplaudidos de pé por um público satisfeito, os artistas esboçaram felicidade ao fim da encenação. Henrique Mello, um dos atores, comenta sobre a reação da plateia ser a maior prova de que o trabalho do grupo deu certo.
“Está sendo mágica essa volta ao teatro”, descreve Márcia Dailyn, primeira bailarina transexual do Theatro Municipal de São Paulo. A partir dela, de suas falas e representatividade no palco, o público foi convidado a refletir sobre os limites entre destino e liberdade, retratando situações atuais, complexas e preocupantes utilizando do humor e sátiras para promover transformações.
Serviço:
Data: 07/04 e 08/04
Classificação: 14 anos
Duração: 85 minutos
Ingressos: R$80 (inteira), R$40 (meia)
Horário: 21h00
Endereço: Teatro Zé Maria
A reportagem faz parte do projeto especial para o site bandnewsfm feita em parceria com estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Positivo. O texto é de João Pedro Nardo.
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