Ucrânia pede que corretoras de criptomoedas congelem conta de usuários russos

Em meio ao conflito no leste europeu, autoridades ucranianas estão pedindo para que corretoras de criptomoedas restrinjam as funções de contas de usuários russos. O objetivo da solicitação é o aumento de sanções econômicas contra a Rússia, que recentemente já teve seis instituições retiradas do sistema bancário mundial SWIFT como punição por ter iniciado a invasão na Ucrânia.

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O pedido foi feito pelo Ministro de Transformação Digital da Ucrânia, Mikhailo Fedorov, no último domingo (27), através de uma postagem em seu perfil no Twitter. Nele, o político frisa que é necessário além do congelamento de contas de políticos da Rússia e de Belarus, os usuários comuns dos países também sejam afetados.

I'm asking all major crypto exchanges to block addresses of Russian users.

It's crucial to freeze not only the addresses linked to Russian and Belarusian politicians, but also to sabotage ordinary users.

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— Mykhailo Fedorov (@FedorovMykhailo) February 27, 2022

O apelo de Fedorov, porém, parece ter sido em vão, já que poucas corretoras aderiram ao pedido de congelar conta de cidadães comuns dos países, embora estejam bloqueando contas de autoridades russas e bielorrussas que estejam em listas de sanções econômicas individuais publicadas após o início da guerra entre Ucrânia e Rússia.

Criptomoedas cooperam em outras frentes

A Binance, a Coinbase, Crypto.com e Kraken são algumas das corretoras de criptomoedas que vieram a público negar a possibilidade de acatar a solicitação ucraniana. Porém, algumas delas estão procurando auxiliar o país de outras formas.

A Binance, nesta segunda-feira (28) realizou uma doação de US$ 10 milhões (R$ 50,08 milhões) para esforços humanitários na Ucrânia, e a corretora Crypto.com recentemente enviou US$ 1 milhão (R$ 5,08 milhões) para a Cruz Vermelha para auxiliar no custeio de ajuda para o conflito no leste europeu.

Além disso, criptomoedas estão sendo uma das principais doações recebidas pelo governo ucraniano, com redes sociais oficiais do estado publicando uma lista de endereços de carteiras digitais que podem ser utilizadas para recebimento de ativos digitais. No total, já foram mais de US$ 37 milhões (R$ 187,4 milhões) em criptomoedas recebidos, segundo a última estimativa oficial divulgada.

Leia a matéria no Canaltech.

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