O empresário que representa a empresa Davati no Brasil revelou em entrevista à Folha que o diretor de LogÃstica do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, pediu propina de US$ 1 por dose em troca de fechar o negócio.
"[Ele disse] que existe um grupo que só trabalhava dentro do ministério, se a gente conseguisse algo a mais tinha que majorar o valor da vacina, que a vacina teria que ter um valor diferente do que a proposta que a gente estava propondo", afirmou o empresário.
Como a oferta criminosa não foi aceita por Dominguetti e nem pela Davati, o processo de compra do imunizante britânico foi paralisado pela pasta.
?"Aà eu falei que não tinha como, não fazia, mesmo porque a vacina vinha lá de fora e que eles não faziam, não operavam daquela forma. Ele me disse: "Pensa direitinho, se você quiser vender vacina no ministério tem que ser dessa forma".
Dominguetti também disse ainda que esteve no Ministério da Saúde com o então secretário Executivo, Élcio Franco Filho, braço direito de Eduardo Pazuello, e com o próprio Dias para fazer uma oferta. "Não comprou porque não quis", afirmou.
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