Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Reportagem

Conferência aprova projetos do Plano de Mobilidade de Guaratuba que serão enviados à Câmara


A Prefeitura de Guaratuba realizou no último dia 14, a 1ª Conferência Municipal da Mobilidade Urbana. Os presentes, inicialmente, acompanharam uma exposição sobre o estudo elaborado e as propostas feitas pela equipe da Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), contratada pelo município para elaborar o plano.

Em seguida, foram apresentadas as minutas das três leis que definirão a política de mobilidade urbana, o plano de mobilidade urbana e o plano de investimentos. Foram apresentadas, discutidas e aprovadas algumas alterações pontuais. Os projetos de lei ainda terão de ser submetidos à apreciação da Câmara de Vereadores.

A conferência aconteceu no Auditório do Cras (Centro de Referência da Assistência Social) e contou com a presença do prefeito Roberto Justus, de secretários, diretores e outros funcionários da Prefeitura, representantes da Associação de Moradores dos bairros Eliane e Nereidas (Amben), Associação Comercial, Associação de Corretores de Imóveis, da Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos, do Instituto Guaju, do Conselho das Pessoas com Deficiência e do setor hoteleiro. Compareceram também os vereadores Edna Castro, Fabiano da Caieiras, Itamar Júnior e Paulo Araújo. Foram definidos 16 delegados com direito a voto: 8 da sociedade civil e 8 do poder público.

Estudos e propostas

A conferência foi transmitida ao vivo pelo canal do Youtube. A equipe da Fupef, que também compõe o Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) apresentou os estudos e conclusões. 

O engenheiro civil e professor Eduardo Ratton, diretor do ITTI, explanou sobre o Plano de Mobilidade Urbana e a sua importância para o desenvolvimento adequado da cidade. 

A engenheira civil Amanda Cristine Gallucci e o arquiteto e urbanista Hermes Eduardo Nichelle apresentaram a estrutura e informações técnicas do Plano de Mobilidade Urbana, desde a análise e monitoramento da cidade até a execução de melhoria das vias. Também abordaram os principais pontos de congestionamentos e acidentes recorrentes, entre outras informações.

Foram apresentados também a estimativa de investimentos necessários, bem como, os orçamentos para a execução e a duração das obras e melhorias previstas, podendo o prazo de execução curto (2 anos), médio (2 a 5 anos) e longo (5 a 10 anos).

O engenheiro civil e advogado Lucas Monteiro Dildey, também da Fupef / ITTI, apresentou as minutas das leis da Política Municipal de Mobilidade Urbana, do Plano de Mobilidade Urbana e do Plano de Ações e Investimentos. Os documentos foram discutidos e receberam propostas de mudanças votados pelos delegados.

As propostas de emenda à Minuta da Lei Política Municipal de Mobilidade Urbana, que foram aprovadas são as seguintes:

As propostas de emenda aprovadas à de Minuta da Lei do Plano de Mobilidade Urbana foram as seguintes:

A Lei do Plano de Ações e Investimentos foi aprovada em sua íntegra, sem a proposição de emendas.

Ao final, o advogado Lucas Dildey leu o relatório da conferência, que foi aprovado por unanimidade, concluindo com êxito os trabalhos do Plano de Mobilidade Urbana.

Ofício contra mão única não foi incluído no relatório final

Um dos pontos polêmicos da proposta de mudanças no trânsito da cidade, a criação de binários e transformação de duas vias comerciais em mão única, av. 29 de Abril e a rua José Nicolau Abagge, não foi submetido à apreciação. 

A mudança é defendida pelos técnicos e pela prefeitura e criticada por comerciantes das duas ruas. Faz parte da reestruturação viária contida na minuta do Projeto de Lei do Plano de Mobilidade Urbana – Art. 32. O Plano não determina que seja feito binário ou mão única (sentido único), apenas, de forma genérica, define as vias da Ação Estratégica intitulada “Reestruturação Viária”, que se constitui de uma ação de médio prazo (2 a 5 anos) e cujo objetivo é a reformulação de vias municipais específicas. São relacionadas 42 vias para receberem a reestruturação. 

Na apresentação dos técnicos, a Reestruturação Viária prevê longo prazo para execução (10 anos), com investimentos previstos de aproximadamente R$ 90 milhões.

Durante a discussão sobre a futura  Lei do Plano de Mobilidade Urbana, o presidente da Acig (Associação Comercial e Empresarial de Guaratuba), Braulio Augusto Pedrotti, apresentou o ponto de vista de 45 empresários estabelecidos “há mais de 30 anos nas duas” que criticam a mão única. Ele disse que não obteve as 9 assinaturas que seriam necessárias para colocar o assunto em votação.

Ele também reclamou que as audiências públicas sobre o Plano de Mobilidade, realizadas de forma online, sem a presença do público, não permitiram participação efetiva da população, nem abertura para debate e para sugestões. 

“A Associação Comercial é a favor do Plano de Mobilidade, mas não somos a favor de que se apresente uma única solução e essa única solução que está sendo apresentada não agrada uma parcela importante dos empresários”, disse. Pedrotti afirmou que em última reunião com os comerciantes, no dia 1º de dezembro, eles exigiram que a Acig, “se for necessário”, “judicialize” discussão, pleiteando uma ação civil pública e um mandado de segurança para “resguardar o interesse da classe e da coletividade”. 

O advogado Lucas Dildey colocou o ofício para ser anexado ao relatório final mas, em votação, o documento acabou sendo excluído por 15 votos a 1.

Correio do Litoral

Reportagem

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!