Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Entrevista

PSB deverá apoiar Lula mesmo sem indicar vice, diz presidente do partido


O PSB deve apoiar a candidatura presidencial do ex-presidente Lula mesmo que não participe formalmente de uma aliança com o PT. A declaração é do presidente do PSB, Carlos Siqueira, que admite dificuldades para a oficialização de uma chapa entre os dois partidos, mas dá como praticamente certo o apoio da legenda ao petista em 2022.

“Nas circunstâncias atuais, com essa polarização que tende a se confirmar, nós podemos apoiar Lula, pelo nosso compromisso com a democracia, para derrotar Bolsonaro”, disse Siqueira ao Congresso em Foco. Segundo ele, a consolidação de uma chapa, com Lula como candidato a presidente e Geraldo Alckmin como vice, depende do PT, que resiste a abrir mão de candidaturas em estados considerados fundamentais pelo PSB.

“A expectativa é que exista a aliança. Não estamos condicionando o apoio a Lula, estamos quase empurrados a isso”. Foto: PSB

“A expectativa é que exista a aliança. Não estamos condicionando o apoio a Lula, estamos quase empurrados a isso. Dentro dessa polarização, vamos apoiá-lo por compromisso com o país. O tipo de aliança depende da negociação que vamos ter com eles, o que até agora não progrediu. Em todos os lugares continua o impasse.”

O PSB cobra do PT apoio aos seus candidatos a governador em Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Rio de Janeiro. “Se o PT resolver lançar candidaturas nesses estados, podemos até apoiar Lula sem aliança. Não vamos condicionar. Nosso apoio hoje é incondicional nas atuais circunstâncias”, ressaltou o dirigente partidário.

As negociações para a formação da chapa pouco avançaram nos últimos dias, admite Siqueira. Ele esteve com o ex-presidente Lula, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e outras lideranças petistas na segunda-feira (20). Gleisi defendeu que a candidatura em São Paulo seja definida com base em pesquisa de intenção de voto entre Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB). Já Lula lembrou que o PT pernambucano decidiu no fim de semana lançar o senador Humberto Costa (PE) ao governo do estado em 2022. “O PT tem autonomia para decidir. Nós também temos. Ainda há tempo. Todas essas coisas serão votadas”, afirma Siqueira.

O presidente do PSB diz que o partido só aceita comparar dados de pesquisa entre Haddad e França depois que o ex-governador Geraldo Alckmin definir seu futuro político. Caso se filie ao PSB, Alckmin deve sair como vice de Lula em 2022. O PSD ainda flerta com o tucano, convidando-o a concorrer ao governo pelo partido. Alckmin ainda não anunciou sua decisão.

Segundo Carlos Siqueira, o eleitorado de França se confunde com o de Alckmin. O primeiro foi vice-governador do segundo. “Fazer pesquisa agora só gera confusão. Os dois têm um eleitorado muito próximo. Estamos distantes da eleição. O que mais as pesquisas têm feito é errar. Não sei como os políticos ainda acreditam nelas”, afirma o presidente do PSB. Pesquisa Datafolha aponta vantagem do petista, mas também indica que França tem menor rejeição. Esse fator, aliás, é considerado determinante por Siqueira.

O dirigente partidário também demonstra confiança na eventual filiação de Geraldo Alckmin, recém-egresso do PSDB. “Ele está mais próximo. Sempre fomos próximos. Temos uma ótima relação. A decisão é dele, que já foi convidado formalmente por mim”, conta.

Carlos Siqueira também admite a possibilidade de o PSB formar uma federação partidária com o PCdoB e o PV, deixando o PT de fora. Uma das novidades da eleição de 2022, as federações exigem afinidade ideológica, compromisso de união pelo prazo mínimo de quatro anos e criação de um programa comum de atuação no Congresso. A estratégia é vista como alternativa de sobrevivência por partidos pequenos, devido às restrições impostas pela chamada cláusula de barreira, que praticamente inviabiliza o funcionamento de legendas que não atingirem determinados patamares de votação.

“Se houver dificuldade com o PT, o PCdoB e o PV aceitam fechar conosco. A rigor não precisamos da federação, porque há 20 anos superamos todas as exigências que a lei estabeleceu. Seria uma forma de juntar esses partidos, mas não temos nada decidido ainda”, explica

Siqueira considera que 2021 foi um ano exitoso para o partido. “Tivemos a conclusão da nossa autorreforma, que vai ser votada em abril no congresso do partido, um programa de diretrizes para o Brasil em todas as áreas. Também tivemos a adesão de figuras importantes, como Tabata Amaral, Marcelo Freixo e Flávio Dino. Temos boas expectativas para 2022”, afirma.

“O Brasil que eu vou pegar em 2023 é muito pior que eu peguei em 2003”, diz Lula

Congresso em Foco

Democracia Entrevista País Carlos Siqueira Eleições 2022 Espírito Santo Federação Partidária Geraldo Alckmin Lula PCdoB Pernambuco PSB PT Pv Rio De Janeiro Rio Grande Do Sul São Paulo

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!