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Vênus: 60 anos de exploração do nosso vizinho espacial


Os dados coletados pela sonda revelaram que a temperatura na superfície do planeta era extremamente quente, acima dos 420°C. Depois de 7 tentativas frustradas, os soviéticos conseguiram “pousar” a Venera 3 em 1966, embora sua comunicação com a Terra tenha sido perdida minutos antes.

Em 1967, a Venera 4, fez um pouso suave na superfície do planeta. Também perdeu a comunicação com a Terra, mas enviou importantes informações antes disso, mostrando que a temperatura e a pressão atmosférica em Vênus eram maiores do que se imaginava.

Vênus coberto por nuvens de ácido sulfúrico e sua superfície mapeada por radar. Fonte: NASA

Outras duas sondas Venera foram enviadas em 1969, mas, apesar de reforçadas, foram esmagadas pela enorme pressão atmosférica, ainda a 20 km acima do solo. Finalmente, em dezembro de 1970, a Venera 7 conseguiu pousar e transmitir dados de telemetria, a partir da superfície, por cerca de 23 minutos, antes de ser esmagada e cozida na panela de pressão venusiana.

Até 1983, outras 9 missões soviéticas foram enviadas para lá, 7 delas pousaram com sucesso no planeta, enviaram dados importantes e as primeiras imagens da superfície de Vênus. Nenhuma resistiu por muito tempo. A que mais durou foi a Venera 12, que sobreviveu por 110 minutos no inferno venusiano, onde as temperaturas atingem mais de 460°C e a pressão é equivalente a 90 atmosferas terrestres.

Primeiras imagens da superfície de Vênus feitas pela sonda Venera 13. Fonte: Roscosmos

Certamente, isso frustrou os planos de férias interplanetárias de alguns humanos e afastou definitivamente a ideia de viagens tripuladas ao planeta. Mas não apagou totalmente a esperança de que o planeta pudesse abrigar alguma forma de vida.

Ainda nos anos 60, Carl Sagan sugeriu que uma forma de vida primitiva poderia se desenvolver no topo das nuvens venusianas, onde a temperatura e pressão são mais amenas. Essa esperança foi alimentada no ano passado, pelo anúncio da detecção de fosfina na atmosfera de Vênus, que teria uma provável origem biológica. Mas ao que tudo indica, o vulcanismo é a origem da fosfina encontrada por lá.

Mesmo com essa mania feia de cozinhar nossas espaçonaves, Vênus ainda merece ser mais estudado. Por isso, novas missões estão sendo planejadas, por NASA, ESA e ROSCOSMOS, ainda para essa década. Se tudo der certo, conheceremos um pouco mais sobre a atmosfera e a história do enigmático Planeta Vênus.

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