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Grito dos Excluídos

Comunidade de Campo Magro recebe o Grito dos(as) Excluídos(as), no próximo dia 7 de setembro

Ação terá inauguração de padaria comunitária, partilha de alimentos e plantio de mudas de hortaliças e árvores


Foto: MST-PR

A comunidade Nova Esperança, localizada em Campo Magro, vai receber o ato anual do Grito dos (as) Excluídos (as). A ação será no feriado de 7 de setembro, a partir das 9h, com plantio de árvores, doação de alimentos às famílias em situação de vulnerabilidade e inauguração de uma padaria comunitária. Na edição deste ano, o Grito traz como lema "Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda, já!". Cerca de 1.200 famílias vivem na ocupação Nova Esperança desde maio de 2020, em uma área pública do Paraná abandonada há mais de 12 anos. Entre as mais de 5 mil pessoas moradoras da comunidade, cerca de 1,6 mil são crianças. Grande parte são migrantes haitianos, além de um menor número de venezuelanos e cubanos. A permanência no local para a garantia do direito à moradia está entre as principais reivindicações do grupo. Em pouco mais de um ano de organização, a luta tem sido por moradia, trabalho, saúde, educação, lazer e tudo aquilo a que todas as pessoas têm direito para garantia de uma vida digna.

Entre os diversos espaços coletivos já conquistados pelas famílias está uma biblioteca, horta comunitária, biofossas para a maior parte das moradias, duas salas de aula para atividades com as crianças e cursos, além de uma cozinha utilizada por todos. Algumas iniciativas para geração de renda também ganham força, como marcenaria, coleta de materiais recicláveis e a fabricação de blocos ecológicos para construção de habitações. O próximo avanço será a criação de uma padaria comunitária, inaugurada neste dia 7 de setembro, com apoio das entidades que compõem o Grito dos (as) Excluídos (as) e em parceria com a Rede Paranaense de Padarias Comunitárias Fermento na Massa.

O QUE É - O Grito dos(as) Excluídos(as) é uma mobilização nacional realizada desde 1995, como um contraponto ao Grito do Ipiranga, que não trouxe a verdadeira independência ao povo brasileiro. O lema permanente é "A vida em primeiro lugar", bastante atual neste contexto de pandemia da Covid-19, aumento da fome e do desemprego no país.

A ação em Campo Magro é organizada por um conjunto de entidades, entre elas a Arquidiocese de Curitiba; Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro-PR/SC); Comissão da Dimensão Social da Arquidiocese de Curitiba; Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR); Coletivo Marmitas da Terra; Centro Comunitário padre Miguel (Cecopam); APP-Sindicato Estadual, e Núcleos Curitiba Sul; Produtos da Terra; Centro de Promoção de Agentes de Transformação (CEPAT); a Central Única dos Trabalhadores (CUT-PR); Marcha Mundial das Mulheres/PR; Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná (Sindedutec); além de mandatos parlamentares populares e a própria comunidade, organizada pelo Movimento Popular por Moradia (MPM). A maior parte das entidades compõem a articulação União Solidária, que realiza ações de ajuda humanitária em comunidades carentes de Curitiba e região, desde junho de 2020.

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