A juĂza Tula CorrĂȘa de Mello, que presidiu o jĂșri, determinou a perda do cargo de policial militar na corporação.
O caso aconteceu em Valença, no sul fluminense. Janitom manteve a vĂtima sob a mira de uma arma por cerca de trĂȘs horas dentro de um carro no estacionamento da faculdade onde ela fazia pós-graduação em Odontologia. Ao notar a chegada do Batalhão de Operações Especiais (Bope) com unidades de negociação, ele abriu a porta do veĂculo, atirou no rosto de Mayara e se rendeu. A estudante chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu. Ela tinha 31 anos.
"A vĂtima restou extremamente subjugada pelo agente, o que exorbita sensivelmente os limites estabelecidos pelo feminicĂdio. Em determinado momento, inclusive, o acusado chegou a pisar na vĂtima, impedindo-a de esboçar qualquer reação, o que demonstra a sua força com relação à ofendida enquanto era mantida refém", escreveu a magistrada na sentença.
De acordo com o processo, havia um "ciĂșme doentio" do autor com relação à vĂtima, com desvairadas tentativas de controle da mulher, inclusive com a instalação de câmeras no seu consultório odontológico, determinando que ela excluĂsse as suas redes sociais.
"A consciĂȘncia e a vontade do criminoso são incontestes, estando firme o agente no seu intento, de fato alcançando a retirada da vida da vĂtima", ressaltou a juĂza na decisão.
Mayara deixou um filho à época com cinco anos.
AgĂȘncia Brasil