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Justiça

Assessor Jurídico Exonerado por Suspeita de Venda de Sentenças no TJ-PR

Jean Fábio Pereira é Exonerado em Meio a Investigações da Polícia Civil


Luciana Pombo

O assessor jurídico Jean Fábio Pereira foi exonerado do cargo no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) nesta segunda-feira (29). A decisão foi tomada pelo desembargador Tito Campos de Paula, após surgirem suspeitas de envolvimento de Pereira em um esquema de venda de sentenças. A Polícia Civil investiga se o esquema está relacionado à recuperação judicial da empresa de processamento de soja Imcopa.

Contexto da Investigação

A Polícia Civil do Paraná está investigando um suposto esquema de venda de sentenças que teria ligação com a recuperação judicial da Imcopa, empresa de processamento de soja com unidades em Cambé e Araucária. Jean Fábio Pereira, que trabalhava na 17ª Câmara Cível do TJ-PR, é suspeito de envolvimento no esquema, juntamente com Eduardo Asperti, diretor de um dos grupos que disputam o controle da Imcopa, e Miguel Lopes Kfouri, advogado e filho do desembargador Miguel Kfouri Neto.

Detalhes do Caso

A investigação aponta que, em dezembro de 2022, diretores da Imcopa conseguiram a liberação de R$ 10 milhões judicialmente para pagamento de despesas. Em meio a isso, teria ocorrido um pedido de propina envolvendo Pereira e mais duas pessoas. A Polícia Civil apreendeu o celular de Asperti, onde encontrou diálogos comprometedores entre ele e Kfouri, indicando a participação de Pereira nas decisões judiciais.

Áudios e Mensagens

A RPC teve acesso a um áudio em que Pereira conversa com Kfouri sobre a pressão dos advogados no TJ-PR e menciona um "projeto de voto" que estaria sendo preparado. Outro diálogo entre Asperti e Kfouri discutia o pagamento de honorários e possíveis repasses a outras pessoas.

Declarações dos Envolvidos

O desembargador Tito Campos de Paula negou qualquer envolvimento no esquema, afirmando que não assinou o "projeto de voto" mencionado por Pereira. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu uma apuração sigilosa sobre as denúncias e determinou que o próprio TJ-PR investigue a situação.

Defesa e Repercussões

A defesa de Miguel Lopes Kfouri afirmou que demonstrará a ausência de responsabilidade de seu cliente. A assessoria de Eduardo Asperti informou que ele não cometeu nenhum ilícito e que desconhece o processo, que corre em segredo de justiça. A Imcopa não se manifestou sobre a investigação.



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