A defesa do governador do Rio de Janeiro, ClĂĄudio Castro, vai entrar com um pedido de nulidade contra relatório da PolĂcia Federal (PF) que o indicia pelos crimes de corrupção passiva e peculato. Os advogados alegam que "causa estranheza o fato de, em todos esses anos, o governador nem sequer ter sido convocado a prestar qualquer esclarecimento sobre os fatos".
AlĂ©m disso, em nota, a defesa analisa que as informações pilares da investigação "são infundadas, e tudo se resume a uma delação criminosa, de um rĂ©u confesso, em documentos que estão sob segredo de Justiça e continuam a serem vazados, o que vem sendo contestado junto aos Tribunais Superiores em razão de sua absoluta inconsistĂȘncia", destaca a nota.
ClĂĄudio Castro foi inidiciado nesta terça-feira (30/7) pelos crimes de corrupção passiva e peculato. O atual governador Ă© investigado desde 2023, com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele Ă© suspeito de envolvimento em um esquema em mandatos anteriores, quando era vereador e vice-governador do Rio. O relator do caso Ă© o ministro Raul AraĂșjo.
Com o pedido de indiciamento, caberĂĄ à Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) decidir agora se apresenta denĂșncia, se pede mais diligĂȘncias à PF ou se arquiva o caso. O pedido de nulidade elaborado pela defesa de Castro tambĂ©m passa pela PGR.
Investigações
Segundo as investigações da PF, ClĂĄudio Castro recebeu, aproximadamente, R$ 400 mil em pagamentos indevidos entre 2017 e 2019, perĂodo em que foi vereador do Rio e vice-governador do estado.
Em pronunciamentos anteriores, a defesa do governador negou as irregularidades e classificou as informações como "infundadas, velhas e requentadas".
Os advogados tambĂ©m reiteraram que as apurações se baseiam na delação de um rĂ©u confesso, que Ă© objeto de nulidade junto aos tribunais superiores, em razão de sua absoluta inconsistĂȘncia.
Metrópoles