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Recuperação judicial

Pedidos de recuperação judicial batem recorde


Nos últimos dois anos temos verificado um crescimento significativo no número de recuperações judiciais. Só no ano passado, por exemplo, foram mais de 1400 pedidos, o que representou um aumento de quase 70% em relação a 2022.

Já no primeiro bimestre deste ano, 318 empresas solicitaram recuperação judicial e a tendência é que esses números cresçam ainda mais, pois algumas companhias, em especial do setor varejista, fecharam seus balanços relativos ao quarto trimestre de 2023, no vermelho.

E entre as empresas que recorreram a este instrumento jurídico estão a 123Milhas, Starbucks BR, Subway BR, Supermercados Dia, Gol, M. Officer, Botafogo SAF, Americanas e, para a atual surpresa do mercado, até a Polishop. Isso só citando empresas de renome. Também há casos de companhias que já vinham sob a égide de uma recuperação judicial, mas que apresentaram revisões em seus planos, como a Oi e a Light.

Diante de tantos pedidos, aparece a indagação: as recuperações judiciais resolvem o problema? Na avaliação do especialista em Governança, Riscos e Compliance, Carlos Gomes, a RJ, como vem sendo chamada, não necessariamente resolve o problema. Em geral, os planos de recuperação apresentados pelas empresas a seus credores se resumem a ações de corte de custos e à proposição de um cronograma alongado de pagamento. E, raramente, são apresentadas estratégias de transformação empresarial, de aumento de vendas, de eficiência tecnológica ou outras medidas mais contundentes.

Como consequência, o resultado é visto no grande número de falências decretadas, isto é, de empresas que são declaradas como insolventes e irrecuperáveis. Nos últimos 12 meses, foram mais de 700 falências decretadas, frente a um total de 974 pedidos abertos. Isso significa um fator de aproximadamente 75% de empresas que não conseguiram se recuperar.

BandNews

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