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Preço da laranja sobe e azeda consumo em TODO Norte Pioneiro

Atrapalha também a comercialização do suco da fruta O preço da laranja Pera Rio, chamada de “comum”, aumentou muito nas últimas semanas.

Por Da Redação

20/04/2024 às 17:21:35 - Atualizado há

Atrapalha também a comercialização do suco da fruta

O preço da laranja Pera Rio, chamada de “comum”, aumentou muito nas últimas semanas. O motivo é a greening, doença que não tem cura e se alastrou pelos pomares do Brasil neste ano (foto acima). O outro fator é o clima, que teve períodos muito longos de seca no segundo semestre do ano passado e prejudicou a colheita da atual safra. O greening não faz para a saúde humana, porém deixa a fruta mais azeda e com um tamanho menor. O que atrapalha também os restaurantes, já que o suco da fruta possui excelente demanda. Márcio Iaro (fotos) é proprietário do Shopping da Verdura, na Vila São José,perto do centro de Santo Antônio da Platina. Ele confirma as informações e diz que o preço no varejo é R$ 3,99 o quilo e a saca custa, hoje, 67 reais. Sua família toda é do segmento há cerca de 30 anos, e acrescenta que alguns aproveitam para majorar os preços, em especial, do suco, bem superior à inflação.

A cadeia citrícola no Brasil é altamente industrializada, cerca de 30% da produção brasileira de laranjas é destinada ao mercado, enquanto 70% é utilizada para processamento de suco.

A previsão é de que a atual safra totalize 408 milhões de caixas de 40,8 kg, equivalentes a 16,5 milhões de toneladas métricas. Se confirmada a estimativa, o número representará uma redução de 1.03% em comparação ao período anterior.

A diminuição é atribuída à incidência de greening, conhecido como a "doença do dragão amarelo". Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), trata-se da "doença dos citros [plantas cítricas] de maior importância no mundo, em função da dificuldade de controle, da rápida disseminação e por ser altamente destrutiva".

O clima adverso prejudicou a segunda florada dos pomares nacionais, resultando em uma menor disponibilidade de frutas para serem colhidas. A oferta menor já tem mexido com as indústrias, que reduziram suas exportações. Nesse período, o Brasil vai encolher sua produção em 1% e a expectativa é que sejam colhidas 16,5 milhões de toneladas da fruta, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgados na semana passada.

A produção menor significa uma menor disponibilidade de matéria-prima para indústrias ter seu principal produto, o suco de laranja.

A expectativa é que a produção nacional de suco caia pelo segundo ano consecutivo, para 1,1 milhão de toneladas. O volume representa uma retração de 1,6% em comparação à safra 2022/23, quando foram produzidas 1,12 milhão de toneladas.

Como o Brasil representa três quartos do comércio mundial de suco, a queda na oferta nacional fez os preços voltarem a subir no mercado internacional.

O efeito do Brasil no mercado internacional só não é maior porque a produção mundial de suco de laranja crescerá 1,4%, para 1,5 milhão de toneladas. “Eu parei de tomar, simplesmente assim”, afirma a aposentada Lucineide Cabrera, “não vou pagar o que estão pedindo pelo suco”, justifica.

 

Fonte: NP Diario
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