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19 vereadores da Câmara de Curitiba mudaram de partido antes das eleições

Durante o período da "janela partidária", que durou 30 dias, e foi de 7 de março a 5 de abril, 19 vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aproveitaram para mudar de legenda antes das eleições de 2024.

Por Da Redação

09/04/2024 às 09:46:52 - Atualizado há

Durante o período da "janela partidária", que durou 30 dias, e foi de 7 de março a 5 de abril, 19 vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aproveitaram para mudar de legenda antes das eleições de 2024. A nova distribuição dos vereadores entre as siglas políticas mudou o tamanho das bancadas partidárias e dos blocos parlamentares, o quadro de lideranças e reduziu a fragmentação partidária dentro do Legislativo.

O partido que mais "ganhou" vereadores foi o PSD, que passou de 3 para 8, com a filiação de Mauro Ignácio, Sabino Picolo, Serginho do Posto, Toninho da Farmácia e Zezinho Sabará – todos vindos do União. Com isso, o PSD, que é o partido do prefeito Rafael Greca e do vice Eduardo Pimentel, se tornou a maior representação política da Câmara de Curitiba, além do maior bloco parlamentar, com nove membros, pois têm consigo Herivelto Oliveira, do Cidadania.

Antes sem representação na CMC, o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, passará a ter dois vereadores em Curitiba, com a adesão à sigla de Eder Borges (vindo do PP) e Rodrigo Reis (antes no União). O Republicanos perdeu Osias Moraes para o PRTB, mas viu o retorno de Marciano Alves e a filiação de Hernani, antes do PSB. O Podemos também ganhou dois parlamentares, com a entrada da vereadora Sargento Tânia Guerreiro (vinda do União) e de Leonidas Dias (antes no Solidariedade). O MDB recebeu Tito Zeglin, vindo do PDT, e João da 5 Irmãos, antes no União.

As demais legendas ganharam um vereador cada uma, com a ida de Alexandre Leprevost do Solidariedade para o União, de Dalton Borba do PDT para o Solidariedade, de Ezequias Barros do PMB para o PRD, a migração de Salles do Fazendinha do DC para a Rede, além de Mauro Bobato que ingressou no PP após deixar o Podemos. Por as mudanças acontecerem no meio do ano, elas não repercutiram na composição das comissões temáticas, que seguem com os mesmos membros definidos no começo do ano.

Dois blocos parlamentares concentram metade dos vereadores de Curitiba

Se o bloco PSD/Cidadania é o maior da nova configuração política da Câmara de Curitiba, com nove membros, tendo Márcio Barros (PSD) na sua liderança, logo atrás aparece o grupo composto pelos parlamentares do Pode/PP, com oito, que tem Nori Seto (PP) na liderança. As duas formações concentram praticamente a metade dos votos em plenário, somando 18 membros, logo, juntas, quase possuem o quórum para aprovar projetos que exigem maioria absoluta, que é de 20 votos – análise de veto, mudança de sede, convocação de extraordinária, destituição de membros da Mesa e outras situações previstas no Regimento Interno da CMC.

Além dos "blocões", dois "bloquinhos" seguem funcionando na Câmara de Curitiba, com três membros cada, um formado pelo PRD/PDT e outro pelo Novo/Solidariedade. O tamanho da Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT e pelo PV, não foi alterado, com o grupo mantendo seus quatros membros. Quando a atual legislatura da CMC foi formada, após as eleições de 2020, havia 20 partidos representados no plenário, e agora serão 16, ou seja, a fragmentação partidária foi reduzida em 20%.

Vereadores comentam mudanças de partido durante sessão plenária

Na linha do que vinha acontecendo na Câmara de Curitiba, quando os ex-vereadores do União Brasil anunciaram sua desfiliação em massa do partido ou o Podemos confirmou ter dobrado sua bancada na capital, parlamentares utilizaram a tribuna, nesta segunda-feira (8), para comentar o fim da janela partidária. "O PSD passa a ser o maior partido da Câmara de Curitiba, o que demonstra nossa visão, liderança, compromisso e dedicação em servir à comunidade, num sinal claro que estamos unidos e dispostos a fazer a diferença na cidade", comentou Márcio Barros (PSD), citando que a sigla do atual governador do Paraná, Ratinho Júnior, tem 211 dos 339 prefeitos, 16 deputados estaduais e 7 federais.

Ao ir para o União, Alexandre Leprevost justificou que "enxergamos no partido um projeto alternativo ao das famílias tradicionais da cidade, que se perpetuam há muito tempo no Poder Executivo". Ele confirmou a pré-candidatura de seu irmão, Ney Leprevost, à Prefeitura de Curitiba, "para acabar com as fake news". "Acreditamos que a candidatura é viável e tem o apelo da população para se consolidar", acrescentou. Já o vereador Tito Zeglin comemorou seu retorno ao MDB, pelo qual venceu sua primeira eleição, em 1982. "Estou bastante à vontade para voltar, conheço o estatuto do partido e sei que faremos uma grande caminhada neste ano", disse.

Na semana passada, ao anunciar sua migração ao Partido Liberal, Eder Borges agradeceu pela "oportunidade de trabalhar com o deputado Ricardo Barros, que foi líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal", enquanto esteve filiado ao PP. "Agora é inevitável, devo seguir meu caminho e ir para o partido do Bolsonaro. Recebi o convite de Paulo Martins, que é um pioneiro na direita nacional. O PL vem para ser o grande partido da direita brasileira e eu não poderia estar em outro lugar", defendeu.

Fonte: Câmara Municipal de Curitiba

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