Pop ópera punk curitibana aborda saúde mental

"É preciso ter o caos dentro de si para gerar uma estrela dançante", disse Friedrich em uma de suas obras, e todas essas sensações são sintetizadas na peça "O Fantasma de Friedrich – Uma Pop Ópera Punk", encenada pela companhia Bife Seco.

Com três sessões esgotadas no Festival de Curitiba, a montagem acompanha a jovem Alana, que está internada em um hospital psiquiátrico e precisa lidar com uma rotina repleta de remédios, sob os cuidados de uma pavorosa equipe médica. Durante a busca de Alana por sua irmã, o fantasma de Friedrich entra em cena de uma forma inusitada: ele é liberado de um estranho livro que a personagem encontra.

Dimis, diretor da peça, contou que a ideia inicial veio de uma experiência pessoal com problemas psicológicos: "Sofri com depressão e desde que eu passei por esse momento eu tinha o sonho de fazer algo que falasse sobre saúde mental e que dissesse para as pessoas aquela frase que a gente ouve bastante, mas às vezes esquece, que é: as coisas melhoram", contou.

O musical é a estreia da Companhia Bife Seco no Festival de Curitiba. Laura Binder, intérprete da personagem principal Alana, conta como é a sensação de ter alcançado tal feito logo no seu primeiro ano no festival: "É a coisa mais incrível do mundo. O elenco inteiro, a equipe inteira, a gente tá muito feliz. Ainda mais por ser uma peça majoritariamente curitibana no festival e na mostra principal, que esgotou com mais de um mês para a apresentação. Então é uma coisa muito surpreendente, ainda mais que nossa sessão extra é no meio da semana, às 16h30 da tarde. Então estar com a sessão lotada, inclusive nesse horário, é fenomenal", finalizou a atriz.

Reportagem: Manuella Torres Baglioli, estudante da Universidade Positivo (UP)