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Polícia Científica

Seção da Polícia Científica bate recorde de perícias em vestígios cibernéticos em 2024

Foi o maior nĂșmero para um Ășnico mĂȘs da história da entidade. Ano tambĂ©m começa com inovações no trabalho que ajuda a elucidar casos policiais complexos


Foto: Reprodução internet

A Seção de Computação Forense da PolĂ­cia CientĂ­fica do ParanĂĄ celebrou em janeiro um recorde de produtividade, com 584 peças examinadas. Foi o maior nĂșmero para um Ășnico mĂȘs da história da entidade, que registrou média de 327 por mĂȘs em 2023. A média também estĂĄ acima de 2021, até então a maior mensal (432), e é bastante superior a 2018, por exemplo, que encerrou com média de 159. Peças são objetos periciados, como celulares, HDs e computadores, vĂ­deos, imagens e arquivos de ĂĄudio.

A seção, que conta com 34 peritos e um técnico, atua nas perĂ­cias em vestĂ­gios cibernéticos, ou seja, nos equipamentos ou dispositivos que armazenem informações digitais, como aparelhos celulares, mĂĄquinas caça-nĂ­quel, notebooks e tablets, ajudando a consolidar inquéritos policiais. Além disso também são realizadas anĂĄlises de imagens para reconhecimento facial, recuperação de vĂ­deos em DVRs e comparação de locutores.

O aumento na quantidade de peças concluĂ­das é fruto de investimentos em automatização do trabalho, padronização dos exames, digitalização de processos e nova regulamentação sobre o nĂ­vel de aprofundamento de cada um dos exames. Nos Ășltimos anos também houve um aumento na quantidade de materiais digitais apreendidos nas operações ou das demandas das investigações para rastreamento das "evidĂȘncias digitais".

A seção também iniciou 2024 com inovações, como o envio de transcrição automatizada via inteligĂȘncia artificial de ĂĄudios (como os enviados via WhatsApp), o que possibilita rastreamento mais rĂĄpido diante do aumento da quantidade de ĂĄudios nos celulares, e melhorias na ferramenta de indexação de evidĂȘncias, que é o sistema FERA – Forensics Evidence Report Analyzer, desenvolvido na PolĂ­cia CientĂ­fica e que permite a busca quase instantânea do conteĂșdo das evidĂȘncias digitais.

Todo esse trabalho embasa investigações comandadas pela PolĂ­cia Civil, Ministério PĂșblico e o Poder JudiciĂĄrio. Um exemplo foi a morte de Tatiana Lorenzetti, em 2020. As perĂ­cias nos celulares dos acusados e da vĂ­tima ajudaram a provar que a morte dela não aconteceu em um latrocĂ­nio, mas foi um homicĂ­dio encomendado pelo ex-marido da vĂ­tima, que foi condenado a 37 anos e seis meses de prisão em regime fechado.

Outro exemplo foi no caso de Tatiane Spitzner, em 2018, no qual a perĂ­cia no computador da vĂ­tima contribuiu para a condenação do então marido da vĂ­tima a 31 anos e nove meses de prisão.

"A melhoria contĂ­nua do trabalho da Seção, tanto de processos quando na qualidade, jĂĄ é parte da cultura que desenvolvemos entre os servidores. Os resultados são fruto de uma equipe focada e altamente qualificada, reconhecida nacionalmente, juntamente com as ferramentas e processos certos para o trabalho, que a cada dia estão mais evoluĂ­dos", afirma o perito criminal e chefe da seção, Henrique Galperin.

"A equipe da computação forense tem se esforçado para manter um elevado padrão de qualidade e tornar seus processos mais céleres e eficazes. A melhoria da produtividade reflete o investimento em equipamentos, a otimização de processos e o engajamento de todo o time, que estĂĄ focado na busca por soluções para que os laudos periciais cheguem de forma mais célere aos inquéritos policiais e processos judiciais, contribuindo diretamente com o sistema de Justiça", disse o diretor operacional da PCP, Ciro Pimenta.

Folha de Irati

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