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Com bandeiras de Israel, bolsonaristas reafirmam apoio a Netanyahu e ao genocídio em Gaza

O ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) foi marcado por uma ampla defesa de Israel.

Por Da Redação

25/02/2024 às 18:13:20 - Atualizado há

O ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) foi marcado por uma ampla defesa de Israel. Apoiadores do ex-presidente chegaram à Avenida Paulista, neste domingo(25), vestidos com a camisa da seleção brasileira e com bandeiras israelenses e dos Estados Unidos.

Ao subir no trio elétrico, Bolsonaro tremulou uma bandeira do país de Benjamin Netanyahu, segurada também pelo deputado federal Coronel Zucco(PL-RS). A ex-primeira-dama Michele Bolsonaro terminou o seu discurso mencionando a seguinte frase: "que a verdadeira shalom esteja dentro dos muros de Israel".

O senador Magno Malta (PL-ES) também citou Israel e atacou o presidente Lula, pelo fato de ele ter comparado ao atual massacre em Gaza ao Holocausto. O pastor Silas Malafaia, um dos financiadores e organizadores do ato, também criticou o presidente por causa das declarações sobre o genocídio contra os palestinos.

A presença desses símbolos no ato reforça a aliança da extrema direita brasileira com o país responsável pelo genocídio na Faixa de Gaza.

Israel tem promovido um massacre contra o povo palestino desde o dia 07 de outubro do ano passado. Até o momento, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, quase 30 mil palestinos civis foram mortos no conflito, entre os quais se incluem 13 mil crianças.

Estima-se também que há cerca de 8 mil corpos desaparecidos sob escombros, o que elevaria o total de vítimas a mais de 37 mil. Esse número representa cerca de 1,68% da população do território palestino, que é de aproximadamente 2,3 milhões de pessoas, segundo estatísticas oficiais de entidades de apoio aos refugiados palestinos.


Ex-presidente Jair Bolsonaro segura bandeira de Israel durante ato em São Paulo / Reprodução/Canal Silas Malafaia Oficial


Nesta semana, Netanyahu divulgou um plano de ocupação da Faixa de Gaza após o término dos bombardeios. Ele inclui "desmilitarização completa" de Gaza, novas administrações para a vida civil e do sistema educacional no território palestino e o fechamento da fronteira com o Egito, via a cidade de Rafah. Tudo supervisionado pelo governo israelense.

Manifestação sem cartazes

Diferentemente de outras manifestações similares, os apoiadores de Bolsonaro desta vez não levaram cartazes com mensagens contra o Supremo Tribunal Federal (STF) ou com mensagens antidemocráticas. Esse foi um pedido do próprio ex-presidente, que teme novas complicações com a justiça.


Apoiadores de Bolsonaro fazem fotos posando com policiais na Avenida Paulista / Lucas Martins (@lucasport01)/Brasil de Fato

Em outros atos, especialmente os de 2022 e 2021, os apoiadores e o próprio Bolsonaro expressavam ataques ao STF e pediam, por exemplo, intervenção militar, com cartazes elogiosos ao período da ditadura.

Neste domingo, alguns chegaram a cavalo, vestiam acessórios simbólicos do agronegócio e cantavam louvores cristãos. Foram registrados momentos de cordialidade entre manifestantes e a polícia. Não há uma estimativa oficial de público. Mas, segundo a Folha de S. Paulo, até as 14h deste domingo, dois quarteirões da Av. Paulista estavam ocupados pelos manifestantes.


Bolsonaristas chegam à Avenida Paulista em cavalos para participação no ato / Lucas Martins (@lucasport01)/ Brasil de Fato


Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal por provável envolvimento com organização dos atos golpistas, com o objetivo de impedir a posse do presidente Lula da Silva. Ele convocou esta manifestação em São Paulo, neste domingo(25), para "se defender" das acusações.

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