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Militares da ativa redigiram texto para forçar Exército a aderir ao golpe, diz jornal

Os nomes de dois militares foram identificados pela Polícia Federal como participantes da redação de uma carta de oficiais da ativa que tinha o objetivo de pressionar o comandante do Exército em 2022, general Marco Antônio Freire Gomes, para que ele colaborasse com os radicais que pediam golpe de Estado para amanutenção de Jair Bolsonaro no poder, mesmo depois de ele ter perdido a eleição para Lula.

Por Da Redação

23/02/2024 às 05:47:37 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

Os nomes de dois militares foram identificados pela Polícia Federal como participantes da redação de uma carta de oficiais da ativa que tinha o objetivo de pressionar o comandante do Exército em 2022, general Marco Antônio Freire Gomes, para que ele colaborasse com os radicais que pediam golpe de Estado para amanutenção de Jair Bolsonaro no poder, mesmo depois de ele ter perdido a eleição para Lula.

A informação foi publicada pelos jornalistas Cézar Feitoza e José Marques, da Folha de S. Paulo.

A PF identificou os dois militares a partir da análise de metadados do documento, recebido pelo tenente-coronel Mauro Cid na noite de 28 de novembro de 2022 —véspera da publicação do texto.

O autor foi identificado pela Polícia Federal como o coronel Giovani Pasini e Alexandre Bitencourt teria sido o último a modificar o documento. Segundo os policiais, trata-se do coronel Alexandre Castilho Bitencourt da Silva.

As informações estão no relatório da Polícia Federal que embasou os pedidos de prisão e buscas, em 8 de fevereiro, contra ex-ministros e militares suspeitos de tramarem o golpe de Estado.

Procurado pela Folha, Pasini não comentou sobre a autoria do manifesto. “Não quero falar sobre esse assunto”, disse antes de desligar o telefone.

Elei é oficial de artilharia formado na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), em 1997. Atuou como professor de colégios militares. Em 2022, ele pediu licença do Exército para se candidatar a deputado estadual do Rio Grande do Sul pelo partido Patriota. Não foi eleito e voltou à caserna. Foi para a reserva em fevereiro de 2023, após a divulgação da carta.

O outro militar, Alexandre Bitencourt, também é oficial formado em 1997, da arma de infantaria. Em fevereiro de 2023, ele chegou a ser condecorado com a medalha militar de ouro com passador de ouro — homenagem entregue aos oficiais que completam 30 anos de bons serviços prestados.

A reportagem não conseguiu contato com Bitencourt. Em nota à Folha, o Exército disse que não poderia se manifestar sobre o assunto porque o inquérito está em “segredo de Justiça”. “Cabe ressaltar que as informações acerca do tema serão prestadas, quando solicitadas, às autoridades competentes”, completou.

 

Fonte: ICL Notícias
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