PolĂ­tica FeminicĂ­dios

São Paulo tem recorde de feminicídios em 2023

Por Agência Brasil

30/01/2024 às 14:41:51 - Atualizado hĂĄ
Foto: Reprodução internet

O estado de São Paulo teve no ano passado o maior nĂșmero de feminicĂ­dios desde 2018, quando os dados passaram a ser divulgados separadamente das demais estatĂ­sticas de homicĂ­dio. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança PĂșblica (SSP), foram registradas como feminicĂ­dio 221 mortes de mulheres em 2023.

São classificados como feminicĂ­dio os assassinatos em que as motivações envolvem a condição de ser mulher, seja diretamente ligada à violĂȘncia doméstica ou por razões misóginas, em que hĂĄ um menosprezo ou discriminação voltadas ao sexo feminino.

Em 2022, foram registrados no estado 195 feminicĂ­dios, em 2021, foram 140 casos. Em 2018, primeiro ano em que os registros foram diferenciados do total de homicĂ­dios, foram 136 ocorrĂȘncias.

São crimes que acontecem de diversas forma, em ambientes privados ou até nas ruas. Entre as ocorrĂȘncias divulgadas pela PolĂ­cia Civil estĂĄ o caso de uma mulher assassinada hĂĄ pouco mais de um mĂȘs, em um hotel em Campinas, no interior paulista. De acordo com a polĂ­cia, os indĂ­cios apontam que a mulher foi asfixiada com travesseiros durante a noite.

Em Barretos, no interior paulista, um homem esfaqueou duas pessoas que tentaram defender a ex-companheira dele de suas agressões. A situação começou com uma discussão que evoluiu para violĂȘncia fĂ­sica. Uma das pessoas esfaqueadas, um homem sobreviveu, enquanto a mulher que tentou evitar as agressões acabou não resistindo aos ferimentos. O crime aconteceu em novembro.

Ao comentar o aumento do nĂșmero de feminicĂ­dios, a SSP afirmou que tem se dedicado a examinar a dinâmica desse tipo de crime. A partir da anĂĄlise dos casos de 2023, a secretaria destaca que em 83,2% das situações a vĂ­tima havia sofrido violĂȘncia doméstica anteriormente. Em 56,1% das ocorrĂȘncias, a mulher tinha uma relação afetiva com o agressor e em 39,3%, tinha uma ligação familiar ou de amizade.

A secretaria afirma ainda que desenvolveu um projeto para que os agressores recebam uma tornozeleira eletrônica ao serem soltos nas audiĂȘncias de custódia. "Através do tornozelamento, os agressores são monitorados 24 horas por dia e são imediatamente detidos se tentarem se aproximar das vĂ­timas. Desde setembro até 24 de janeiro, 167 agressores foram tornozelados. Dentre o total, 74 estavam relacionados a casos de violĂȘncia doméstica, dos quais 9 foram presos novamente por violarem a ordem de distância", detalha a nota da SSP.

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