União reconhece nova situação de emergência após temporais no Paraná

Nove cidades do Paraná obtiveram o reconhecimento federal de situação de emergência, por causa dos temporais. As informações foram atualizadas pela Defesa Civil Nacional, nesta terça-feira (26). Os municípios de Araruna, Bituruna, Inácio Martins, Medianeira, Nova Tebas e Rio Bonito do Iguaçu enfrentaram chuvas intensas; Pato Branco e Salgado Filho registraram inundações; e Ivaí sofreu com enxurradas. A cidade de Dois Vizinhos teve o estado de calamidade pública reconhecido pela Defesa Civil Nacional. O município foi atingido por fortes chuvas.

Em todo o país, a União reconheceu a situação de emergência em 53 cidades atingidas por desastres, conforme a lista atualizada nesta terça-feira (26). Além do Paraná, são beneficiados municípios da Paraíba, Alagoas, Goiás, Pernambuco, Santa Catarina, Bahia, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte.

Com o reconhecimento federal, os municípios estão aptos a solicitar recursos do orçamento da União para ações de assistência humanitária, entre elas compra de alimentos e água potável, além de combustível para os veículos que fazem o transporte dos mantimentos. Os repasses são liberados tão logo os planos de trabalho forem apresentados pelas prefeituras e avaliados pela equipe técnica da Defesa Civil Nacional. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, defende que a estrutura da União pode ser empregada imediatamente após a tragédia.

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O professor Francisco Mendonça, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), está à frente do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação em Emergência Climática. Ele observa que os efeitos dos eventos mais severos do clima afetam tanto a saúde física quanto mental dos moradores atingidos.

A quantidade recorde de chuva, desde as primeiras semanas da primavera, em diversas regiões do estado, coincide com números importantes de desmatamento. Em 2022, o Paraná tinha sido um dos três estados com a maior área desmatada, conforme informações da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (o Inpe).

O Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação em Emergência Climática articula o conhecimento sobre o problema das mudanças ambientais e também propõe soluções para conter os efeitos delas. O pesquisador de Climatologia da UFPR, Wilson Feltrim, sugere que as cidades deixem de priorizar os deslocamentos individuais, a partir de veículos.

Os municípios em situação de emergência devem fazer a solicitação de recursos por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres. Além de socorro e assistência às vítimas, o sistema repassa recursos para restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura ou moradias atingidas pelas tempestades. Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. O órgão também oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres.

Com informações da AERP