Motorista de van da UFPR se defende de denúncia de assédio: "dor de barriga"

Motorista alega que estava sem calças por dor de barriga

Em entrevista à reportagem da Rede Massa, o motorista diz que teve uma dor de barriga e não conseguiu segurar, e por isso tirou as calças para não sujar a vestimenta e a van.

“Tive um desarranjo, perdi o controle, comecei a me sujar dentro do carro, fiquei em pânico e comecei a pensar em preservar a minha calça e o estofado da minha van, porque eu levo aluno e professor”, afirmou.

Perguntado sobre a acusação de que ele teria seguido a adolescente, o homem diz que a situação foi um “mal entendido” e que ele estava procurando uma vaga para estacionar.

“Eu não tenho culpa. Foi uma situação que na hora eu tentei amenizar, procurei uma via calma para poder me limpar. Eu estava em pânico, procurei um lugar para estacionar o carro, porque é um veículo grande que não acha vaga”, diz.

A homem ainda relatou que tinha ido ao dentista e que estava com a fala enrolada, e que a adolescente pode ter entendido errado o que ele disse quando viu a gravação.

O motorista, acompanhado de um advogado, prestou depoimento à Polícia Civil. Em nota, a UFPR afirmou que o funcionário é de uma empresa terceirizada e que a situação está sendo apurada.

Adolescente denuncia assédio de motorista de van da UFPR

A jovem conta que tinha saído mais cedo do colégio e estava caminhando na rua Ana Aparecida Lopos Canet com uma amiga, quando elas viram uma van estacionada na esquina da escola.

As adolescentes seguiram o caminho em direção à rua Francisco Derosso, até que perceberam que estavam sendo seguidas pelo motorista da van, que fazia gestos obscenos e pedia para que elas entrassem no veículo.

Cerca de 700 metros depois da escola onde a jovem estuda, a amiga tomou outro caminho. O motorista com o carro da UFPR estacionou a van em uma esquina da rua Antônio Rebellato.

Já sozinha, a adolescente percebeu que o homem estava sem calças e assim pegou o celular para gravar a situação. Ela afirma que ele tentou chamá-la para o carro novamente mas, quando percebeu o aparelho, fugiu.

Nisso a estudante saiu correndo a uma panificadora, onde ligou para a mãe.

Logo após o ocorrido, o pai e a mãe da adolescente acionaram a polícia e enviaram o vídeo ao Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria)

A família espera agora que uma providência seja tomada contra o motorista. A adolescente, com medo, está perdendo dias de aula.