As moradias serão destinadas a famĂlias sem teto que, em 2014, participaram da ocupação que ficou conhecida como Copa do Povo. As residĂȘncias serão construĂdas por meio do programa Minha Casa, Minha Vida - Entidades, em parceria com o Movimento dos Trabalhadores sem teto (MTST).
Ao discursar, Lula defendeu a importância da luta feita pelo movimento social. "O que vocĂȘs estão conquistando hoje não é mérito do governo Lula, não é mérito do Boulos, é mérito da coragem que vocĂȘs tiveram", enfatizou ao lado do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), liderança do MTST à época do movimento de ocupação.Ao longo dos anos, a ocupação sofreu tentativas judiciais de reintegração de posse, e a desapropriação do terreno foi reivindicação de diversas manifestações. Em abril deste ano, o MTST chegou a acampar em frente à prefeitura de São Paulo para pedir agilidade nesse e em outros processos.
Inicialmente, serão construĂdas 650 moradias. O governo federal investirĂĄ R$ 453 milhões no empreendimento, sendo que R$ 33 milhões foram usados para adquirir o terreno. De acordo com Lula, também serão feitos aportes do governo estadual e da prefeitura de São Paulo.
O projeto prevĂȘ a construção de prédios de 12 andares, com elevadores e apartamentos de 68 metros quadrados com varanda.
Além do termo assinado hoje, hĂĄ previsão de construção de mais 2 mil moradias no local, atendendo a todas as famĂlias que participam da ocupação.
O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, disse que até 2024 devem ser contratadas 28 mil unidades habitacionais a partir de convĂȘnios do Minha Casa, Minha Vida com movimentos sociais. No evento, ele elogiou a qualidade das residĂȘncias feitas dessa forma. "As unidades habitacionais que são construĂdas por vocĂȘs são as melhores do Minha Casa, Minha Vida que existem. As casas são maiores, tĂȘm melhores equipamentos", destacou.
Também participaram da cerimônia os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e do Meio Ambiente, Marina Silva.
AgĂȘncia Brasil