Superintendência do Cade declara "complexa" aquisição de duas empresas de hemocentros pelo BTG

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) classificou como "complexa" a transação envolvendo a aquisição das empresas de hemoterapia Vita e H.Hemo pelos veículos de investimento do BTG Pactual. A decisão foi oficializada por meio de um despacho publicado no Diário Oficial da União nesta segunda-feira.

Conforme o acordo firmado em julho, o BTG Pactual está programado para adquirir o controle acionário de ambas as empresas, que, juntas, possuem quase 30 hemocentros em todo o país. Os detalhes financeiros da transação não foram divulgados.

A aquisição está planejada para ocorrer por meio da BTG Holding, que faz parte do grupo BTG Pactual, e de um fundo de investimentos gerenciado pelo banco. Após a conclusão da operação, as participações do BTG Pactual nas duas empresas de hemoterapia serão consolidadas sob uma única holding, a HVB.

Em uma nota técnica, a Superintendência-Geral (SG) do órgão antitruste brasileiro expressou preocupações sobre a concentração das operações da Vita e da H.Hemo em algumas cidades, incluindo Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Caxias do Sul (RS), Joinville (SC) e Linhares (ES).

Ao classificar o negócio como complexo, o Cade permite que as partes envolvidas tenham mais tempo para apresentar documentação e possibilita uma análise mais aprofundada por parte do órgão regulador.