PolĂ­tica Flavioi Dino

Sabatinas de Dino e Gonet começam com críticas ao formato da sessão

Por Agência Brasil

13/12/2023 às 11:44:28 - Atualizado hĂĄ
Foto: Reprodução internet

A sessão das sabatinas conjuntas dos indicados ao Supremo Tribunal Federal (STF), FlĂĄvio Dino, e à Procuradoria Geral da RepĂșblica (PGR), Paulo Gonet, começou por volta das 9h40 desta quarta-feira (13) no Senado com questionamentos de senadores, na maioria da oposição, sobre o formato escolhido para as sabatinas. O formato conjunto das sabatinas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) é decidido pelo presidente da Comissão, senador Davi Alcolumbre (União-AP).

A sessão começou com um questionamento, chamado de questão de ordem, do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que criticou a realização das sabatinas em uma mesma sessão, pedindo que as sabatinas fossem separadas.

"A sabatina de dois candidatos em uma Ășnica sessão dessa comissão com resposta em bloco implicarĂĄ em menor tempo para os senadores e as senadoras formularem seus questionamentos e os próprios indicados não disporão dos minutos necessĂĄrios para oferecer as respostas com a profundidade esperada. Não hĂĄ porque submeter essa Casa, essa comissão e os indicados a uma sabatina mal feita e açodada", criticou.

O lĂ­der do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), rebateu as crĂ­ticas dizendo que o regimento do Senado não indica o formato das sabatinas.

"Foi dito aqui que é um procedimento inusitado, inovador, sui generis. Presidente, hĂĄ trĂȘs semanas estava ai junto com o senhor trĂȘs candidatos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e esse questionamento não ocorreu. Ontem, na Comissão de Assuntos Econômicos, teve a sabatina dos indicados ao Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica], e esse questionamento não ocorreu", afirmou.

O presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, rejeitou a questão de ordem apresentada por Alessandro Vieira e apoiada por senadores da oposição argumentando que haverĂĄ tempo suficiente para todos os senadores participarem.

"No regimento da Comissão e do Senado Federal não estĂĄ expressa a necessidade de individualizarmos as reuniões de sabatinas de autoridades, tanto que não vou citar os outros exemplos que todo mundo jĂĄ conhece", afirmou.

Diante dos questionamentos, Alcolumbre mudou o rito da sabatina. Em vez de blocos de perguntas de trĂȘs senadores, com os indicados respondendo a trĂȘs senadores ao mesmo tempo, como havia anunciado, o presidente da CCJ decidiu individualizar as perguntas.

"Nós vamos esquecer os blocos de trĂȘs. Nós vamos fazer perguntas individualizas para cada um. O senador que estiver decidido sabatinar o indicado para o cargo do Supremo vai usar os dez minutos dele para perguntar para o Supremo. O senador que quiser perguntar para a PGR vai usar os 10 minutos dele para perguntar para o indicado para o procurador-geral. Aquele que quiser perguntar para os dois, vai ter cinco ou seis minutos para um e quatro minutos para outro", decidiu.

Os indicados

O Senado analisa nesta quarta-feira as indicações do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva para ministro do STF e para procurador-geral da PGR. Indicado ao Supremo, o atual ministro da Justiça e Segurança PĂșblica, FlĂĄvio Dino, é formado em direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com mestrado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Dino foi juiz federal por 12 anos, perĂ­odo no qual ocupou postos como a presidĂȘncia da Associação dos JuĂ­zes Federais do Brasil (Ajufe) e a secretaria-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele deixou a magistratura para seguir carreira polĂ­tica, elegendo-se deputado federal pelo Maranhão em 2006.

O ministro presidiu a Embratur entre 2011 e 2014, ano em que se elegeu governador do Maranhão. Em 2018, foi reeleito para o cargo. Nas Ășltimas eleições, em 2022, elegeu-se senador e, logo após tomar posse, foi nomeado ministro da Justiça e Segurança PĂșblica. Agora, aos 55 anos, é o indicado de Lula para o STF.

O novo ministro do STF assumirĂĄ a vaga deixada pela ministra Rosa Weber, que se aposentou compulsoriamente da Corte, ao completar 75 anos, no inĂ­cio do mĂȘs. Rosa foi nomeada pela então presidenta Dilma Rousseff, em 2011.

JĂĄ na Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR), Paulo Gonet, ocuparĂĄ a vaga aberta com a saĂ­da de Augusto Aras. O mandato de Aras na PGR terminou no fim de setembro, e a vice-procuradora Elizeta Ramos assumiu o comando do órgão interinamente.

Paulo Gustavo Gonet Branco tem 57 anos e é subprocurador-geral da RepĂșblica e atual vice-procurador-geral Eleitoral. Tem 37 anos de carreira no Ministério PĂșblico. Junto com o ministro Gilmar Mendes, do STF, é cofundador do Instituto Brasiliense de Direito PĂșblico e foi diretor-geral da Escola Superior do Ministério PĂșblico da União.

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