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Com um terço da economia dependente do petróleo, Azerbaijão deve sediar COP29 em 2024

O Azerbaijão, país localizado entre o Leste Europeu e a Ásia, ganhou apoio internacional para sediar a COP29, a Cúpula do Clima das Nações Unidas (ONU), que ocorrerá em 2024 e antecederá a COP30, em Belém (PA).

Por Da Redação

10/12/2023 às 14:16:44 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

O Azerbaijão, país localizado entre o Leste Europeu e a Ásia, ganhou apoio internacional para sediar a COP29, a Cúpula do Clima das Nações Unidas (ONU), que ocorrerá em 2024 e antecederá a COP30, em Belém (PA).

Com uma economia dependente do petróleo e marcada por conflitos armados com a vizinha Armênia, a ex-república soviética se consolidou como candidata mais provável a sediar o evento durante a COP28, que ocorre em Dubai e termina no próximo dia 12 de dezembro.

Um rascunho da agência climática da ONU, que se tornou público neste domingo (10), propõe que a 29ª edição da Conferência anual do Clima seja realizada pelo Azerbaijão na capital Baku, entre 11 e 22 de novembro de 2024.

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O texto precisa ser oficializado pela COP28, mas é compatível com as negociações feitas por países do bloco Europeu, que solucionaram um impasse ao apoiar a realização da COP29 no Azerbaijão.

O rascunho da ONU também propõe datas para a COP30 em Belém (PA), entre 10 e 21 de novembro de 2025.

A Rússia havia vetado qualquer membro da União Europeia de sediar a COP29, o que frustrou candidaturas da Sérvia, Moldávia e Armênia - o Azerbaijão não faz parte do bloco europeu.

A Armênia, que disputa o território de Nagorno-Karabakh, no Cáucaso, com o Azerbeijão, decidiu apoiar o país vizinho como sede da Conferência do Clima, após os dois governos declararem conjuntamente que pretendem buscar acordos de paz.

Segundo o portal Carbon Tracker, o Azerbaijão tem um terço da economia ligada aos combustíveis fósseis, que aumentam o aquecimento global e agravam as mudanças climáticas. O percentual é maior do que os 52% dos Emirados Árabes Unidos, anfitriões da COP28 em 2023.

Conflito Azerbaijão-Armênia

Em 19 de setembro, o Azerbaijão anunciou o início de uma operação militar no enclave separatista de Nagorno-Karabakh, classificando as ações como "medidas antiterroristas".

Os bombardeios na região de maioria armênia deixaram mais de 200 mortos e representaram o rompimento de um cessar-fogo entre Armênia e Azerbaijão, mediado pela Rússia, ainda em 2020.

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A disputa entre Armênia e Azerbaijão pela região levou os países a duas guerras: uma entre 1991 e 1994, e outra em 2020. Em ambos os conflitos, o cessar-fogo foi mediado pela Rússia, que mantém tropas de manutenção da paz no enclave separatista que, por sua vez, tem cerca de 120 mil armênios vivendo na região.

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