Economia PL da Netflix

Câmara aprova e influencers do Youtube e Tiktok podem ser taxados em 4%

Projeto de Lei também chamado de "PL da Netflix" estabelece que criadores de conteúdo de redes sociais como Youtube e Tiktok contribuam com 4% sobre seus faturamentos brutos. Entenda.

Por KETHLEEN KINAST

23/11/2023 às 12:49:05 - Atualizado há

A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 8889/17, conhecido como "PL da Netflix", que visa regulamentar serviços de streaming. No entanto, além de impactar o setor de streaming, o projeto pode ter consequências para os criadores de conteúdo em redes sociais, como YouTube e TikTok, que agora podem enfrentar uma taxa de 4% sobre o faturamento.

O PL da Netflix, proposto em 2017 pelo deputado Paulo Teixeira, busca regulamentar o fornecimento de conteúdo audiovisual por demanda. O projeto impõe obrigações às plataformas de streaming, incluindo a inclusão de um percentual de conteúdo nacional em seus catálogos e a destinação de 5% do faturamento bruto para produções "independentes".


Impacto para Influencers

Embora o projeto não mencione diretamente influencers ou sistemas de publicidade como o AdSense, as mudanças regulatórias podem ter implicações na estratégia de conteúdo das plataformas.


O YouTube, Meta (Facebook) e TikTok são mencionados como alvos do projeto, o que poderia resultar em multas e suspensões do credenciamento para as empresas que não cumprirem as obrigações.


A proposta de taxação de 4% do faturamento bruto pode afetar diretamente os criadores de conteúdo, pois as plataformas podem repassar esse custo, impactando as estratégias de monetização, incluindo o popular programa AdSense do Google, que remunera produtores de conteúdo na internet.


O AdSense permite aos criadores ganhar dinheiro com publicidade em seus vídeos ou sites, e pode ser indiretamente afetado. Mudanças nas regulamentações podem influenciar a promoção e monetização de determinados tipos de conteúdo nas plataformas, potencialmente reduzindo as receitas do AdSense.


Reclamações nas redes sociais

Nas redes sociais, muitos internautas demonstraram indignação com a nova regulamentação. Se de um lado os influenciadores estão reclamando da taxação de 4%, outros acreditam que o valor ainda é baixo, comparado ao que outras áreas e profissões contribuem.


O projeto ainda precisará ser sancionado pelo presidente da República para valer oficialmente. Numa enquete promovida pela Câmara em seu site, 97% desaprovam o projeto e apenas 2% apoiam totalmente.

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Jornalista Luciana Pombo

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