Polícia DNA do Crime

Relembre mega-assalto à transportadora Prosegur no Paraguai que inspirou série DNA do Crime da Netflix

Crime que inspirou série ocorreu em 2017. Mais de 40 assaltantes participaram do roubo que totalizou mais de US$ 11,7 milhões - o equivalente a R$ 40 milhões à época - da transportadora de valores.

Por Gilvana Giombelli, g1 PR

22/11/2023 às 16:40:56 - Atualizado há
Transportadora de valores em Ciudad del Este fica a 4 quilômetros da Ponte da Amizade, na fronteira com Foz do Iguaçu - Foto: Editoria de Arte/G1

Um mega-assalto à transportadora de valores Prosegur, em Cidade do Leste, no Paraguai, em 2017 inspirou a série DNA do Crime que estreou há uma semana na Netflix. Relembre o crime no vídeo acima em reportagem exibida na RPC um ano após o crime.

Está é a primeira série policial brasileira do streaming. O título está entre os mais vistos no Brasil e em outros países.


O crime que inspirou a série ocorreu na madrugada de 24 de abril de 2017. Mais de 40 assaltantes participaram do roubo que totalizou mais de US$ 11,7 milhões – o equivalente a R$ 40 milhões à época - da transportadora de valores.


Explosivos foram usados para arrombar o cofre da empresa, que fica a cerca de quatro quilômetros da Ponte Internacional da Amizade, na fronteira com Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. A ação durou mais de três horas.


Troca de tiros entre suspeito e policiais

Na troca de tiros, um policial que fazia segurança particular à transportadora foi morto. Na fuga, vários carros blindados usados pela quadrilha foram abandonados.


Ainda segundo a polícia, parte dos suspeitos cruzou a fronteira pelo Lago de Itaipu e se dividiu por municípios brasileiros de fronteira, como Itaipulândia e São Miguel do Iguaçu, onde houve confrontos.


Durante a fuga, os ladrões espalharam "miguelitos" – espécie de tachas de metal usadas para furar pneus de veículos – para impedir que fossem seguidos pela polícia e incendiaram ao menos 13 veículos. Eles também abandonaram cinco caminhonetes blindadas, todas com placas de SP.


Três suspeitos morreram e 15 foram presos também em Cascavel, Foz do Iguaçu e Guaíra.


Na época, foram apreendidos explosivos e armas de vários calibres, como fuzis, e recuperados R$ 4,5 milhões em cédulas de real, guarani e dólar.


Mansão foi usada antes de mega-assalto

Parte dos suspeitos envolvidos no mega-assalto usaram uma mansão em Ciudad del Este, mesmo município da ação. A casa funcionava como base estratégica da quadrilha no país vizinho, segundo a PF.


As investigações conjuntas entre a Polícia Nacional paraguaia e a PF, batizada de Operação Resposta Integrada, indicaram que o maior assalto da história do país vizinho foi praticado por membros de uma facção criminosa brasileira.


Os brasileiros, segundo a investigação, tiveram apoio dos paraguaios, com um arsenal que superou a capacidade de resposta da Polícia Nacional.


Uma perícia realizada na casa em Ciudad del Este, usada pelo grupo por cerca de 30 dias até o dia do assalto, e exames de DNA identificaram cerca de 30 perfis genéticos.


De acordo com a investigação, alguns tinham registro no banco de dados genéticos da polícia e participação em outros crimes no Brasil como roubos a bancos e a empresas de valores.


A atuação da perícia criminal da Polícia Federal venceu o prêmio "DNA Hit Of The Year" 2020, um dos mais importantes concursos internacionais para a área de genética forense, que é o uso da genética em investigações criminais.


Por meio do confronto de dados do Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), a perícia federal ajudou a identificar e a condenar alguns dos responsáveis pelo assalto à sede da transportadora de valores no Paraguai.


A premiação atribuiu o caso "emblemático" de uso dos bancos de dados de DNA para a resolução e prevenção de crimes. Esta foi a primeira vez que uma equipe brasileira recebeu o prêmio.

Fonte: G1
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